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Inscrições em concurso da Polícia Civil iniciam na segunda

As inscrições para o concurso da Polícia Civil do estado do Piauí estarão abertas a partir da próxima segunda-feira,16, as 9h, conforme anunciado no edital. São disponibilizadas 350 vagas, nas funções de Delegado (50), Perito (50) e Agente (250), com jornada semanal de 44 (quarenta e quatro) horas e remuneração entre R$5.736,88 e R$16.391,11. As inscrições devem ser feitas até as 23h59 do dia 15 de maio deste ano, somente via internet, pelo site do Núcleo de Concurso e Promoção de Eventos (Nucepe). As taxas de inscrição são de R$200,00 para o cargo de delegado, R$150,00 para peritos e R$150,00 para agentes.

 (Crédito: Divulgação)
(Crédito: Divulgação)

As provas escritas objetiva e dissertativa variam de acordo com a função. Para o cargo de agente de Polícia Civil, as duas provas serão realizadas no dia 10 de junho, no horário de 8h30 a 13h30. A prova escrita objetiva para o cargo de delegado será realizada no dia 10 de junho, no horário de 8h30 a 13h30, e a dissertativa no dia 8 de julho, no horário de 8h30 a 12h30. Já para o cargo de perito, as provas objetiva e dissertativa serão realizadas no dia 1º de julho, no horário de 8h30 a 13h30.

A particularidade deste concurso é a extinção do cargo de escrivão. No último dia 2, durante sessão na Assembleia Legislativa do Piauí, foram apresentadas mensagens do Governo do Estado, dentre elas a que altera a Lei Complementar nº 37, de 09 de março de 2004, que tem como objetivo transformar o cargo de escrivão de polícia em cargo de agente de polícia. As matérias serão submetidas a avaliações nas Comissões Técnicas da Casa e seguirão para votação no plenário.

Candidatos buscam cursos preparatórios

Paula Gabrieli Barros é aluna de um preparatório em Teresina, e vai concorrer a uma vaga de agente de Polícia Civil. De acordo com a candidata, além da estabilidade e salário, o grande atrativo no concurso é o desejo de ser policial. “Eu sempre quis ser policial. Já havia frequentado o preparatório anteriormente para concorrer a uma vaga no concurso da Polícia Militar do Maranhão, mas como não fui aprovada, há seis meses resolvi me matricular novamente para tentar nesse da Polícia Civil do Piauí, porque não é só estudar tudo, é estudar certo.”

 (Crédito: José Alves Filho)
(Crédito: José Alves Filho)

Paula conta que sua rotina é de intensa dedicação ao concurso. “Pela manhã eu venho para o preparatório, almoço, vou para a academia e retorno aos estudos em casa à tarde e à noite”. Além das aulas no preparatório, Paula busca na internet questões de concursos e videoaulas para reforçar o aprendizado.

Para o músico e assessor de gabinete, Júnior Baião, a qualidade dos professores no curso preparatório é um fator muito importante para a aprovação. Há dois anos ele se prepara para concorrer a uma vaga como perito da Polícia Civil, mesmo assim, sentiu a necessidade de orientações mais específicas. Além das aulas, Júnior participa de revisões, busca questões de concursos na internet e dedica boa parte do tempo em casa para os estudos.

Preparação deve iniciar entes de sair o edital

A professora Priscila Vitória ministra aulas em um preparatório de Teresina e esclarece que, para os alunos que possuem pouco tempo para se preparar, a participação em aulas específicas é fundamental.

“Não posso afirmar que o aluno que estuda em casa tem uma eficiência menor do que o aluno que estuda em preparatório, mas vai depender muito da maneira com que o aluno consegue aprender melhor. Para os alunos que estão começando agora, o recomendável é ir para a sala de aula para ter o acompanhamento mais de perto por um professor, porque nesse caso o professor verifica quais são as dificuldades e vai sanar as dúvidas de imediato. Sem contar com o ritmo que o aluno vai pegar e compreender o que significa estudar para concurso.”

 (Crédito: José Alves Filho)
(Crédito: José Alves Filho)

De acordo com a professora, as questões exigem conhecimento multidisciplinar e multi temático, o que exige maior maturidade do candidato. Para maior chance de êxito, Priscila orienta que o correto não é estudar para o concurso quando o edital é autorizado ou publicado. Se o candidato almeja uma determinada carreira, deve buscar saber o que é cobrado nos concursos voltados para aquela função, independentemente da organizadora do concurso e estudar antecipadamente.

“Em média, no Brasil, os candidatos levam por volta de dois anos para estarem efetivamente preparados para fazer um concurso. Obvio que esse tempo pode ser superior ou inferior, dependendo do cargo que a pessoa almeja, da organização, comprometimento, disciplina, carga horária disponibilizada para os estudos, tornando o tempo de preparo algo relativo”, afirma.

Com vasta experiência em sala de aula, Priscila observou que alguns alunos não conseguem aprovação por falta de atenção, e muitas vezes, má leitura. Como dica para os candidatos, ela orienta que os alunos devem responder o maior número de questões possíveis durante a maratona de estudos, dormir bem, separar bons períodos de descanso e, principalmente, manter o equilíbrio emocional.

Preparação física é tão importante quanto os estudos

Além das provas escritas, os concursos para a área de segurança exigem o Teste de Aptidão Física (TAF), sendo a etapa responsável pelo maior número de reprovações. Com isso, é importante que os candidatos dividam o tempo entre os livros e o treinamento físico.

De acordo com o educador físico, Alex Reis, a preparação dos candidatos deve partir da avaliação física para mensurar as capacidades físicas do aluno. “Após avaliação física é feita a periodização do treinamento do aluno, partindo dos pontos fracos dele. Depois do fortalecimento global, daremos ênfase a exercícios específicos para cada teste, que inclui corrida, salto, barra e natação”.

 (Crédito: LZF---ISTOCK)
(Crédito: LZF/ISTOCK)

A morte de um candidato durante os testes físicos da Polícia Militar do Maranhão, despertou uma maior atenção para a necessidade de uma rigorosa análise e preparação física. De acordo com Alex, os riscos variam de acordo com o nível de aptidão física do aluno. “Essa aptidão pode ir desde a desclassificação no concurso até algum problema mais sério, decorrente de doenças preexistentes”, afirmou.

Júnior Baião conta que, sabendo da necessidade de um bom preparo físico, malha duas horas diárias, pratica corrida e segue uma alimentação balanceada. Já Paula Gabrieli frequenta academia há 3 meses, mas diz que se dedica bastante na malhação e treinamentos específicos sob orientação do seu personal trainer.

Desde o anúncio do concurso até sua realização, a procura de preparação física pelos candidatos aumenta consideravelmente, criando um novo perfil de educadores físicos especializados para candidatos que irão concorrer a uma vaga. Mas de acordo com Alex Reis, dentro da formação em Educação Física o profissional aprende todos os parâmetros necessários para alcançar resultado, incluindo conhecimentos sobre fisiologia do exercício, anatomia, cinesiologia, treinamento esportivo, tornando todos os profissionais na área aptos para auxiliar seus alunos a alcançarem bons resultados.

FONTE: Meio Norte

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