GeralNoticias

Deccoterc investiga golpe da ‘pirâmide’ no Piauí

A Delegacia Especializada em Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e Contra as Relações de Consumo (Deccoterc) abriu inquérito para investigar o golpe da ‘pirâmide financeira’, que voltou a circular nas redes sociais este ano com novo formato. O esquema de captação garante a promessa de lucro até oito vezes maior que o “investimento” aplicado.

João José diz que já foi feita uma carta precatória para que o acusado seja ouvido (Foto: Moura Alves/ O Dia)

A prática criminosa vem fazendo cada dia mais vítimas e está sendo investigada pela Polícia Federal desde 2014. No Piauí, a Deccorterc já ouviu aproximadamente seis pessoas que caíram no golpe. O delegado João José, titular da delegacia, explica que foi feita uma carta precatória para que o principal acusado seja ouvido e o caso está em tramitação.

“Ela funcionou por mais de cinco anos e foi denunciada à Polícia Federal, e o caso chegou até nós. Já ouvimos algumas pessoas, todos admitiram que entraram no jogo com o ideal de lucrar com o investimento feito, já que a proposta era de eles ganharem de acordo com o crescimento. O que não aconteceu, apenas no início, para duas ou três pessoas, depois eles levaram um calote”, conta o delegado.

João José cita que o principal criador da ‘pirâmide’ é natural de São Paulo, mas tinha escritórios em Recife e Teresina, inclusive contendo um contrato de associação de parceria empresarial, de sistema BBOM. “Tentamos localizar outras pessoas, até no Maranhão, mas não conseguimos; mas as pessoas principais e que tiveram prejuízo já foram ouvidas”, pontua.

Segundo o delegado João José, o prejuízo que as vítimas tiveram com o golpe varia de R$ 600 a R$ 3 mil e dificilmente esses valores serão ressarcidos às pessoas que participaram da ‘pirâmide’.

“As pessoas precisam desconfiar dessas práticas, porque ganhar dinheiro assim é difícil. E quem tenta ganhar dinheiro fácil termina se prejudicando mais na frente. Eu recomendo ninguém entrar nessas práticas, porque acaba tendo prejuízo e não tem como ressarcir, porque essas empresas têm ligações com empresas em outros países e não conseguimos encontrar o escritório original. Vamos ouvi-lo, mas isso não vai fazer com que ele ressarça essas pessoas e daqui que a Justiça ouça o acusado, o caso já prescreveu”, admite o delegado.

Por: Isabela Lopes / Portal O Dia

Comentários

Artigos relacionados

Fechar