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Alta ocupação de leitos clínicos alerta para risco de falta de oxigênio no Piauí

Ontem (22), o anúncio de um novo decreto com um lockdown parcial gerou protestos. 

O infectologista José Noronha Vieira, diretor do Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela e membro técnico do Comitê de Operações Emergenciais (COE), alerta que a população deve cumprir rigorosamente as medidas de isolamento social para que não falte oxigênio de cilindro. Em entrevista ao Jornal Cidade Verde, ele destacou que a preocupação existe devido a alta taxa de ocupação de leitos clínicos. Ontem (22), o anúncio de um novo decreto com um lockdown parcial gerou protestos.

“Temos uma empresa que é responsável por boa parte do fornecimento de gases medicinais para todo o Brasil. O Piauí já entrou em contato com a empresa que garante que tem capacidade de até triplicar a oferta. Mas para nós é preocupante porque leitos de UTI, normalmente, têm redes de gases, trabalham com tanques de oxigênio, tanques de nutrogênio líquido. Isso é mais fácil de ter uma periodicidade de troca a cada três ou quatro dias”, explica Noronha.

Foto: Roberta Aline/ Cidadeverde.com

Por outro lado, o infectologista  esclarece que “leitos de enfermaria não têm rede de gases, o paciente é dependente de cilindros de oxigênio, a depender do tamanho, você precisa trocar de quatro a sete vezes por dia por paciente e isso é preocupante. A gente tem que se organizar. Se a população não obedecer essas medidas e nós aumentarmos essa taxa de ocupação é um cenário possível”, completa o infectologista.

José Noronha chama atenção para a diferença entre o pico da doença, no início da pandemia, e o atual momento.

“Até vimos uma ocupação exacerbada dos leitos de UTI, mas o que é novo pra gente é ocupação dos leitos clínicos também. No último relatório, temos ocupação de mais de 84% dos leitos de UTIs públicos na Capital e quase 80% de leitos clínicos na Capital. Tudo isso é um cenário crítico para quem está gerenciando esses leitos, pra quem está buscando oferecer esses leitos para a população”, reitera.

FONTE: Cidade Verde

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