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Em assembleia, professores da rede estadual recusam reajuste proposto pelo Governo do Piauí e permanecem em greve

A proposta da categoria ainda será analisada pelo governo. “Fomos recebidos por uma equipe e ainda será avaliado.

Em assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (17), em Teresina, os professores da rede estadual de ensino do Piauí decidiram recusar a proposta de 10% de reajuste salarial e 4,17% de auxílio-alimentação, que seria incorporado ao salário, feita pelo Governo do Estado. Com isso, a categoria decidiu manter a greve, que já dura 36 dias.

De acordo com o governo, na proposta recusada pela categoria todas as classes seriam beneficiadas e o menor salário pago sairia de R$ 2.910,32 para R$ 3.845,63. O maior, ainda segundo o governo, ficaria no valor de R$ 7.468,87.

Ao g1, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado do Piauí (Sinte-PI), Paulina Almeida, afirmou que os educadores rejeitaram a proposta do governo e querem o aumento de 33%, conforme reajuste definido pelo Governo Federal, além de 17% relacionado aos anos de 2019 e 2020.

Após a assembleia, o Sinte-PI se reuniu com uma equipe do governo para informar a decisão da categoria e fazer a contraproposta. “Queremos os 33% de forma linear e os 17% referentes a 2019 e 2020 podem ser parcelados”, informou a presidente do sindicato.

A proposta da categoria ainda será analisada pelo governo. “Fomos recebidos por uma equipe e ainda será avaliado. Estamos abertos a negociação, eles podem analisar e fazer uma proposta. Queremos voltar para as salas de aula”, declarou Paulina Almeida.

Alunos da rede estadual de ensino do Piauí voltam às salas de aula presencialmente

Alunos da rede estadual de ensino do Piauí voltam às salas de aula presencialmente

Mesmo com a greve, as aulas na rede estadual tiveram início no dia 3 de março. Na ocasião, a diretora da Unidade de Ensino Aprendizagem (Unea), da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Maria José Mendes afirmou que, apesar da paralisação de alguns profissionais, o calendário acadêmico deve ser cumprido sem atrasos.

“A gente não está aqui para tirar a reivindicação, o direito, [mas] reforça que existe uma equipe do governo que toca nessa questão administrativa e econômica. Podemos afirmar, enquanto parte pedagógica, que a carga horária dos nossos estudantes, no tocante ao ensino e aprendizagem, será cumprida”, disse a diretora, na época.

A Seduc não divulgou informações sobre quantas escolas estão sendo afetadas pela greve dos professores. No dia do retorno às aulas, a diretora da Unea afirmou que estas instituições precisavam se reinventar.

“As nossas escolas, os nossos gestores e tudo que toca a educação, utilizam sempre da criatividade. Escolas que parte dos seus professores deflagraram a greve, a gente orienta ‘vamos manter acesa a chama, essa importante parte que é trazer nosso aluno para o chão da escola, garantir o direito de educação’. Mais contagiante é ver uma sala como essa, nossos alunos entusiasmados”, declarou Maria José Mendes, na ocasião.

Fonte: G1 Piauí

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