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Somente 2% dos juízes brasileiros são piauienses, aponta CNJ

Foi divulgado nesta quinta-feira (13) o Perfil Sociodemográfico dos Magistrados Brasileiros, um estudo produzido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que busca identificar quem são os profissionais que atuam na área jurídica do país em termos de características demográficas, sociais e étnicas. Um dado chama a atenção com relação ao Estado do Piauí: somente 2% do total de juízes brasileiros são piauienses.

Em números absolutos, isto significa dizer que o Piauí possui somente 226 magistrados nascidos no Estado, do total de 11.348 que participaram do levantamento do CNJ. Se forem tomados como amostra os 18.168 juízes ativos em todo o Brasil, a porcentagem de nascidos no Piauí cairia para 1,2%.

O Piauí divide com a Paraíba, Espírito Santo, Maranhão, Rio Grande do Norte e Pará a posição de Unidade Federativa com a menor quantidade de magistrados nascidos no próprio Estado. Para efeito de comparação, 26% dos magistrados brasileiros que participaram da pesquisa são naturais do Estado de São Paulo.


Foto: Divulgação/CNJ

Perfil étnico-racial

Segundo o levantamento do CNJ, a grande maioria dos magistrados brasileiros se declara branca (80,3%); 18,1% são negros; 16,5% são pardos e 1,6% tem origem asiática. Apenas 11 magistrados em todo o país se declararam indígenas.

Aqui no Piauí o perfil étnico-racial não é muito diferente: 54% dos magistrados piauienses se declararam brancos; 45% se declararam pretos ou pardos; e apenas 1% de declarou indígena. Apesar de a quantidade de juízes autodeclarados brancos ser mais da metade do total de magistrados do Piauí, o Estado contabiliza um dos menores índices de juízes que se consideram como brancos no país. Em Santa Catarina, por exemplo, 97% dos magistrados se autodeclararam brancos e somente 3% pretos ou pardos.

Gênero e idade

As mulheres ainda são minoria na carreira jurídica no Brasil. O CNJ apontou que elas representam somente 38% da magistratura em território nacional e que o segmento da Justiça do Trabalho é o que conta com a maior proporção de mulheres atuando: 47%. A Justiça Estadual vem em sequência, com 36% de mulheres, e a Justiça Federal com 32%.

Com relação aos primeiros estágios da carreira, ou seja, juízes substitutos, elas são 44%, mas quando se trata de juízes titulares, essa porcentagem de participação feminina cai para 39%. Entre os desembargadores, elas são somente 23% e quando se trata das instâncias mais elevadas, como cargos de ministras de tribunais superiores, elas representam somente 16% do total de magistrados atuantes.

A idade média do magistrado brasileiro é 47 anos e os mais jovens que ingressam na carreira têm uma média de 27 anos. Os 25% mais velhos do país possuem 54 anos ou mais. A pesquisa do CNJ revela que os juízes mãos jovens estão na Justiça Federal – 13% possuem até 34 anos, 49% entre 35 e 45 anos e apenas 9% com 56 anos ou mais.

Católicos, casados e com filhos

A maior parte dos magistrados (80%), segundo o CNJ, é casada ou possui união estável. Entre os homens, o percentual de casados é de 86%, e entre as mulheres, 72%. Os solteiros representam 10%; os divorciados, 9%; e os viúvos 1%. A maioria tem filhos (78%), sendo 74% das mulheres e 81% dos homens. A maior parte dos magistrados que respondeu possuir religião (82%); 57,5% se declararam católicos, seguido de espíritas (12,7%), e 6% evangélicos tradicionais. Os que não possuem religião representam 18%.

FONTE: Portal O Dia

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