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Negra e nordestina: doutora da UnB “corre por fora” por vaga no STF

Manuellita reflete sobre sua jornada, destacando que sua caminhada é coletiva, mesmo que haja momentos de solidão, já que o estudo muitas vezes é um ato solitário.

Ao saber que sua filha havia sido aprovada no vestibular para cursar Direito na Universidade Federal da Bahia (UFBA), o pai de Manuellita Hermes Rosa Oliveira Filha não conseguiu conter a emoção e derramou lágrimas de orgulho. Mais de 22 anos após esse momento, Manuellita é uma procuradora federal e professora voluntária na Universidade de Brasília (UnB), continuando a ser motivo de alegria para sua família. Atualmente, ela é uma das mulheres negras cotadas para se tornar a próxima ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), o mais alto cargo do Judiciário brasileiro. As informações são do Metrópoles.

FOTO: REPRODUÇÃO

Manuellita reflete sobre sua jornada, destacando que sua caminhada é coletiva, mesmo que haja momentos de solidão, já que o estudo muitas vezes é um ato solitário. No entanto, ela carrega consigo a representatividade das mulheres, das mulheres negras e de sua extensa família. Ela menciona suas ancestrais e avós como fontes de inspiração e apoio.

Sua avó materna, Alice Hermes de Almeida, desempenhou um papel fundamental em sua trajetória. Mesmo quando Manuellita era apenas uma criança e não entendia completamente o que significava estudar Direito, a avó insistia que ela seguiria esse caminho. Inicialmente, Manuellita relutou, pensando que Direito se resumia a decorar leis. No entanto, o tempo mostrou que a avó estava certa, e Manuellita seguiu sua orientação.

Atualmente, os professores e estudantes da UnB, onde Manuellita atua como voluntária, expressaram seu apoio à sua possível nomeação para o Supremo Tribunal Federal. Eles elaboraram uma moção de apoio destacando a capacidade de Manuellita para suceder Rosa Weber na Corte. A moção ressalta sua notável expertise jurídica e a importância de sua representatividade como mulher negra e nordestina no STF. O documento enfatiza a urgência de abrir espaço para a nomeação da primeira mulher negra na história do Brasil para o STF, a fim de promover novos rumos democráticos no Judiciário brasileiro.

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