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Mulheres da soja: conheça a gestão feminina e eficiente do agro no Brasil

Hoje, os 16 estados brasileiros produtores de soja têm Aprosoja organizada.

Conquistar espaços no mercado de trabalho e nos negócios sempre foi um desafio para as mulheres. Em ambientes dominados por homens, o público feminino sente a dificuldade natural de colocar-se disponível, capaz e em posição de ocupar um espaço.

Mas no agronegócio, essa realidade é um pouco diferente. Talvez, muito diferente. Muitas mulheres iniciaram cedo nas fazendas, junto com os maridos, ou cresceram em fazendas de pais produtores. Entretanto, a necessidade de mão-de-obra qualificada cresce a cada dia, e somados ao fator ‘confiança’ torna ainda mais sensível e difícil o preenchimento de certas posições profissionais nas fazendas. Foi diante dessa realidade que as mulheres do agro decidiram se unir em prol do fortalecimento de seus empreendimentos, conquistando cada vez mais a admiração, dedicação e interesse das famílias que vivem do negócio, sobretudo, das mulheres.

A Comissão de Mulheres da Aprosoja Brasil foi fundada em novembro de 2021, com o lema ‘Aproximar quem já faz parte’, expressando bem o desejo de trazer para perto quem já está presente no dia a dia das lavouras, para mais visibilidade e reconhecimento: as mulheres. A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) vê com bons olhos esta iniciativa, pois fortalece o ecossistema ao trazer benefícios para as associadas, os produtores e as comunidades onde vivem.

DIRETORAS E DELEGADAS
Hoje, os 16 estados brasileiros produtores de soja têm Aprosoja organizada. Todas as associações têm delegadas representantes na Comissão de Mulheres da Aprosoja Brasil. Destas, cinco eleitas diretoras: Márcia Barzotto (GO) – presidente; Paula Boaventura (MT) – vice-presidente; Franciella Cadore (MT) – diretora institucional; Ediana Boeri (MA) – diretora administrativa; Patrícia Dalto (PI) – diretora financeira; Renata Salatini (PA) – diretora de marketing; Tatiane Barra (MG) – diretora de comunicação.

CAPACITAÇÃO, SOLIDARIEDADE E INFORMAÇÃO
A Comissão tem três fortes programas: o Aprocap, o Aprosol e o Aproinfo. Todos dedicados à capacitação de mulheres e colaboração com a sociedade, além do foco na responsabilidade social e divulgação de notícias verdadeiras e assertivas sobre o agronegócio no Brasil.

Patrícia Dalto, diretora financeira da Comissão de Mulheres, representante da Aprosoja Piauí, explica que o programa Aprocap, que visa a capacitação das mulheres, já iniciou. Foi organizado pelas diretoras e algumas delegadas estaduais, que iniciaram uma academia de liderança, no formato online, semanais e no turno da noite, onde ministram palestras curtas, com participação de várias personalidades das áreas-tema de cada assunto, abordando temas voltados para o autoconhecimento passando pelas questões de orientações administrativas e também desenvolvendo habilidades de comunicação e marketing, como oratória, postura para gravação de vídeos, entre outros. Com isso, objetivam um melhor preparo para o trabalho em si (a capacitação na área do agro) como também mais técnicas de comunicação, para falarem em público e divulgarem o trabalho e os benefícios do agronegócio para o Brasil e para o mundo.

Patrícia Dalto, diretora financeira da Comissão de Mulheres
Patrícia Dalto, diretora financeira da Comissão de Mulheres 

A vice-presidente da Comissão, Paula Boaventura, da Aprosoja MT, explica: “O objetivo agora é identificar mais mulheres envolvidas, direta ou indiretamente, nos negócios de soja, para associarem-se à Comissão e fortalecerem o espaço feminino, num processo de envolvimento e desenvolvimento das mulheres nos próprios negócios. A atuação feminina nas lavouras existe desde o preparo familiar, passando pela gestão, produção e comercialização dos grãos. Hoje, temos grandes produtoras de soja no Piauí, Maranhão e no Brasil. É um trabalho conjunto e compartilhado com os homens. Com os programas da Comissão de Mulheres, a mulher se empodera, reconhece seu espaço, compartilha conhecimentos, recebe novas capacitações e o mais importante: representa, com conhecimento e propriedade, o agronegócio do Brasil”.

vice-presidente da Comissão, Paula Boaventura
Vice-presidente da Comissão, Paula Boaventura 

AGRO SOLIDÁRIO
O Aprosol é o programa que realiza ações solidárias e humanitárias, visando contribuir com a sociedade, organizando eventos beneficentes. Está em andamento a participação da Comissão na Ação Pátria Voluntária, liderada pela primeira-dama Michele Bolsonaro, com data prevista para distribuição de 1.000 cestas básicas entre os dias 24 e 27 de março desde ano, em todos os estados onde a Comissão já atua.

“O Aprosol nos permite exercitar a cidadania e a empatia, entendendo que é possível contribuir com o próximo, agregando valor e conhecimento. Desenvolver valores sociais sempre foi e é, cada vez mais, uma preocupação do agronegócio brasileiro”, ressalta a diretora de marketing da Comissão de Mulheres, Renata Salatini, da Aprosoja PA.

DESMISTIFICAÇÃO E DEFESA DO AGRO NO BRASIL
O Programa Aproinfo, por sua vez, é voltado para desmistificação, orientação, esclarecimento e defesa da atuação da imagem do agronegócio, em especial para aquelas pessoas que ainda não conhecem, como os que vivem nos grandes centros urbanos.

“O agronegócio é constantemente bombardeado por informações inverídicas, parciais e tortuosas sobre sua produção. É importante esclarecer, antes de tudo, que o agro é um negócio em sua maioria, familiar, ‘do bem’. Que é o negócio que mais cresce no Brasil, empregando milhões de famílias, produzindo alimento de maneira sustentável – muitas vezes com pouco ou nenhum apoio – e realizando muitas ações sociais em prol das comunidades onde vivem. Só é possível avançar nos nossos negócios realizando altos investimentos em tecnologia e capacitação, e cada vez a cadeia de produção se qualifica para entregar bons produtos. Só há como produzir e comercializar grãos de qualidade e alimentos saudáveis utilizando insumos também saudáveis. O produtor associado e organizado só trabalha nessa linha de qualidade. Os esforços do agronegócio para ser limpo, saudável e renovável são constantes”, esclarece a diretora administrativa da Comissão de Mulheres, Ediana Boeri, da Aprosoja MA.

CAMPOS DE OPORTUNIDADES
“A vida no campo é desafiadora, rodeada de muita tecnologia, pesquisa e inovação, além do envolvimento direto com algo que é essencial a todo ser humano: o alimento. Muitos não conhecem a nossa realidade, mas precisam conhecer. Trabalhamos muito pelo crescimento dos estados, do país e das pessoas que vivem aqui. Trabalhar no agronegócio é algo encantador e um universo cheio de oportunidades de estudo e crescimento pessoal e profissional”, finaliza a presidente da Comissão, Márcia Barzotto, da Aprosoja GO.

Para filiar-se à Comissão de Mulheres da Aprosoja Brasil é necessário ser mulher e ser associada da Aprosoja, ou ter algum parente associado em alguma Aprosoja nos estados brasileiros.

Mais informações no perfil das redes sociais da Comissão Nacional da Mulher Aprosoja Brasil: @com.mulher.apro.brasil. Acesse também: @aprosojabr e www.aprosojabrasil.com.br.

FONTE: Cidade Verde

 

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