O senador Ciro Nogueira, presidente nacional do PP, disse ontem que não lhe resta outra alternativa a não ser votar pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado. “A executiva do partido fechou questão a favor (do impeachment) na Câmara e no Senado. Eu votei contra, mas não me resta alternativa a não ser seguir o partido”, declarou ele. Ciro disse que não tem como não votar a favor do pedido de impeachment.
Afirmou, porém, que pretende manter uma boa relação com o governador Wellington Dias. Ciro é o segundo senador do Piauí a anunciar voto contrário ao Governo no Senado – anteontem, o senador Elmano Férrer declarou que votará pela admissibilidade do afastamento da presidente. O presidente do PP relatou que não queria que o partido saísse do governo, mas foi a decisão da maioria, contra a vontade dele. Portanto, agora tem que seguir com esse posicionamento.
Para Ciro, o fato gera um constrangimento, porque tinha uma relação próxima com a presidente e participava do Governo. “Não resta dúvida que gera um desconforto. Não queria isto. Lutei para isto não acontecer”, adiantou. Ele também falou sobre uma possível participação do PP num eventual Governo Michel Temer (PMDB). “Se for aprovado o impeachment, o partido ainda vai discutir se vai apoiar o Governo Temer. Ainda está muito cedo”, observou.
O senador adiantou que manter as boas relações com o Wellington Dias e ajudar no Governo do Piauí. “Eu, em qualquer governo, vou tentar ajudar o projeto do Wellington, que é interligado com o projeto do PP. O sucesso do Wellington é o sucesso do PP no Piauí. Mesmo que eu não esteja apoiando o Temer, vou tentar de todas as formas ajudar o governador nos projetos de desenvolvimento do nosso Estado”, afirmou.
Ciro Nogueira disse que já conversou com o governador para reiterar esse apoio. “Temos de superar este momento. Nossa aliança com o projeto do governador é maior que este momento. Para o PP não muda nada. Se depender do PP, estaremos juntos com Wellington Dias no governo e vamos apoiar a sua reeleição”, afirmou.
FONTE: Diário do Povo
