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“Retaliação clara contra ele e sua família”, afirma presidente do Agepen-PI sobre prisão de policial penal em Picos

De acordo com Marcos Paulo, o agente possui reputação ilibada e caráter sem mácula e tudo isso não passa de represália política e pessoal contra o policial penal da parte do atual diretor da unidade prisional.

O diretor-presidente do Sindicato dos Agentes Penais do Piauí – Agepen, Marcos Paulo Furtado, procurou a equipe de reportagem do Portal Cidades em Foco para fornecer algumas declarações sobre a prisão do policial penal J.P.O, que aconteceu na tarde de ontem (11), suspeito de ter praticado crimes de estupro e tortura contra detentas da Penitenciária Feminina de Picos.

De acordo com Marcos Paulo, o agente possui reputação ilibada e caráter sem mácula e tudo isso não passa de represália política e pessoal contra o policial penal da parte do atual diretor da unidade prisional.

“Manipulação clara. Armação clara e nítida. Retaliação clara a ele e sua família. Essa foi uma armação criada pelo gestor, que foi denunciado por ocupar o cargo ilegalmente. Ele não atende os requisitos mínimos exigidos pela lei de execução penal. Posto e mantido no cargo por indicação política, e mesmo estando ilegal, permanece. Desde 2015 o policial vem denunciando diversas irregularidades na unidade penal, diversas práticas tipificadas em código penal, e nem a Sejus nem o setor de inteligência apuraram as denúncias realizadas e comprovadas pelo policial penal”, declarou o diretor-presidente do Sindicato dos Agentes Penais do Piauí.

Marcos Paulo Furtado disse ainda que a retaliação contra o policial iniciou quando J.P.O. levou “denúncias de condutas tidas como criminosas dentro da unidade pela atual gestão” à Sejus, mas que esta se omitiu.

“Esse fato que tem gerado perseguição política e pessoal tanto ao policial citado quanto à sua família, à sua esposa, que também é policial penal. Está tendo retaliação porque está havendo conivência na não apuração dos fatos e retaliação em resposta ao serviço prestado pelo policial penal que tem uma conduta ilibada, até que se prove o contrário. Ele nunca respondeu a nenhum processo administrativo, muito menos criminal, e agora passa por situação vexatória”, pontuou Marcos Paulo.

O diretor-presidente a Agepen informou que os quatro advogados do sindicato estão tomando as medidas cabíveis para que a prisão seja revertida.

“O suposto acusado foi sequer ouvido na delegacia. Onde reside o contraditório e ampla defesa para que suspeito se defenda? Indevido processo legal. Essa suposta investigação está viciada, cheia de erros e deve se tornar nula, tendo em vista que o suposto acusado nem sequer foi ouvido. Quando uma pessoa é acusada, principalmente de forma injusta, por perseguição política e em retaliação a um trabalho honesto e transparente que vem realizando, tem que ter direito à defesa”, frisou.

Fonte: Jaqueline Rajner/Cidades em Foco

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