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Em decisão histórica, Vaticano autoriza bênção para casais do mesmo sexo

Nova orientação está em documento autorizado pelo papa Francisco e divulgado nesta segunda (18). Mas Igreja Católica disse que autorização 'não muda doutrina sobre casamento', e padres podem se negar a fazer rito.

Pope Francis attends the Stations of the Cross with young people on Meeting Hill at Parque Eduardo VII in Lisbon, Portugal, 04 August 2023. The Pontiff is in Portugal on the occasion of World Youth Day (WYD), one of the main events of the Church that gathers the Pope with youngsters from around the world. MIGUEL A. LOPES/LUSA/POOL

Em uma decisão histórica, o Vaticano afirmou nesta segunda-feira (18) que passará a permitir que padres concedam bênçãos a casais do mesmo sexo.

A decisão, que vai de encontro à doutrina da Igreja Católica de condenar a união homossexual, está em um documento autorizado pelo papa Francisco divulgado nesta segunda.

Pela medida, padres católicos romanos podem a partir de agora administrar bênçãos a casais do mesmo sexo, se quiserem. Os padres também poderão se recusar a fazer o ritual, mas estão proibidos de impedir “a entrada (em igrejas) de pessoas em qualquer situação em que possam procurar a ajuda de Deus através de uma simples bênção”.

A bênção também não pode ter qualquer semelhança com uma cerimônia de casamento nem acontecer durante liturgias regulares da Igreja.

O documento que divulga a nova decisão afirma que a Igreja Católica continua a considerar a união entre casais do mesmo sexo um ato “irregular” e que a doutrina não mudou, mas afirmou também que a autorização de bênçãos é um “sinal de que Deus acolhe a todos”.

Em outubro, em um discurso, o papa Francisco já havia indicado que a igreja pudesse passar a permitir a bênção a casais homossexuais em um futuro próximo.

“Não podemos ser juízes que apenas proíbem”, disse, à época, o pontífice.

 

Em agosto, ele disse que mulheres trans são “filhas de Deus” e que a igreja não pode tratá-las de forma diferente. Em janeiro, Francisco criticou países que criminalizam homossexuais e disse que “a homossexualidade não é crime”.

Apesar dos avanços, no entanto, coletivos de homossexuais católicos cobram o pontífice por mais mudanças há mais de uma década.

G1

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