Até o governo passado, as filas do INSS eram coisa do passado. Elas eram muito comuns nos governos Sarney, Collor, Itamar e FHC, até o começo do governo Lula. Houve, inclusive, um ministro petista que arrastou os aposentados de até 100 anos para a fila.
Mas no governo Lula isso foi resolvido. A aposentadoria passou a ser concedida de forma rápida. Ainda em seu primeiro mandato, o governo aumentou o número de agências e zerou as filas.
Isso vinha funcionando razoavelmente até o governo passado.
Mas aí o governo Bolsonaro chegou fechando agências, diminuindo o expediente e restringindo o atendimento por meios eletrônicos (limitando o acesso de idosos, cuja maioria não domina essa tecnologia).
Além disso, muitos servidores se aposentaram e não foram substituídos. E, recentemente, com a reforma da Previdência, os sistemas ficaram alterados, mudando a rotina de atendimento.
O resultado é que existe uma fila de espera que já passa de mais de 2 milhões de segurados. Todos aguardam algum serviço do órgão.As aposentadorias, por exemplo, estão travadas desde o início de novembro do ano passado.
Diante da grita geral, o secretário-geral da Previdência, Rogério Marinho, anunciou que o governo vai publicar um decreto para recrutar até 7 mil militares da reserva para desafogar filas de espera no INSS.
Ora, militar é para outro tipo de atividade. Para resolver esse problema, o governo tem é que fazer concurso e contratar técnicos qualificados.
POR: Zózimo Barbosa / Cidade Verde