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Concurso da Polícia Militar é anulado: 12 pessoas foram presas

A primeira etapa do concurso da Polícia Militar do Piauí foi anulada. A decisão foi da secretaria estadual de Segurança, em conjunto com o Comando da Polícia Militar e com o Núcleo de Concursos e Promoção de Eventos (Nucepe) após a a verificação da possibilidade de fraudes durante as provas.

 

Comandante da PMPI, Coronel Carlos Augusto / (Foto: André Luís / OitoMeia)

De acordo com o secretário Fábio Abreu, a decisão visa não prejudicar os mais de 32 mil candidatos. Pelo menos 12 pessoas já foram autuadas em flagrante pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado acusadas de tentar burlar o certame, duas ainda estão presas.

 REAPLICAÇÃO DA PROVA

Cinco questões vazaram, mas a prova será reaplicada em no máximo 30 dias.  O delegado Willame Moraes, coordenador da Greco, ressalta que as investigações continuarão. “Nós deixamos concurso ser realizado, esperamos o momento adequado para continuar as investigações, embora essa etapa tenha sido cancelada a investigação continua “, diz. O delegado falou também que espera que não haja nenhum problema quando a prova for reaplicada. “Acreditamos que as pessoas possam ser honestas, mas infelizmente nós acabamos pegando pessoas praticando esse tipo atitude”, concluiu.

Delgado Willame Moraes, Coordenador da GRECO (Foto: André Luis/OitoMeia)

O presidente da Nucepe, Pedro Antônio Soares Júnior garante que nenhum candidato vai sair prejudicado. “A gente vai reaplicar a prova e não vai ter prejuízo para ninguém, porque precisamos preservar a imagem da Nucepe e também dar possibilidades a quem concorreu de forma lícita”, diz.

INVESTIGAÇÕES 

O comandante da PM-PI, coronel Carlos Augusto comentou a respeito das investigações e destacou que até agora não foram encontrados indícios que os vazamentos tenham alguma relação com a Nucepe. ” Não há nenhuma relação de fraude internamento pela Nucepe. Eles tem uma equipe terceirizada que é responsável pela impressão das provas, e esse é um caminho tomado pelas investigações”, destaca.

“A segurança na reaplicação da prova vai ser intensificada, a PM vai mandar policiais para ficar de plantão dentro e fora do local da prova”, completa o coronel Carlos Augusto.

CANDIDATO SE SENTIU PREJUDICADO 

A estudante Moniele Leal fez a prova e diz que se sentiu prejudicada, além de destacar que a segurança onde ela estava deixou a desejar. “Eu e muitas pessoas que conheço ficamos revoltadas, porque nos dedicamos a estudar e isso nos prejudica. Além disso, eu percebi que a vistoria ao entrar na sala era muito superficial, eles passavam o sensor apenas na parte de cima da pessoa”, disse ao OitoMeia. Moniele deixou claro que na sala onde fez a prova não percebeu nada de estranho com relação aos candidatos.

NOTA DO NUCEPE

O Núcleo de Concursos e Promoção de Eventos da Universidade Estadual do Piauí, divulgou nota nesta segunda-feira, comentando as denúncias de supostos vazamentos e fraudes relacionados à primeira etapa do Concurso para a Polícia Militar do Piauí, aplicada neste domingo (21). “Pensando na garantia da lisura do certame, a prova será reaplicada. A decisão foi tomada em reunião ocorrida na manhã desta segunda (22), entre representantes do Nucepe, Polícia Civil, Polícia Militar e Secretaria de Segurança do Piauí”, diz o texto.

Segundo a nota, o Nucepe enfatiza que não há indícios de que servidores do órgão estejam envolvidos na suposta tentativa de fraude e acrescenta que está colaborando com as investigações para que tudo seja esclarecido e os culpados, punidos. “A reaplicação da prova objetiva a ser realizada, contará com um esquema ainda mais reforçado de segurança por parte das instituições parceiras, Polícias Civil e Militar, no intuito de prevenir o que o Núcleo classifica como quadrilhas de atuação nacional”.

Ainda segundo a entidade, em breve um novo cronograma será lançado, comunicando as novas datas de realização da Prova Escrita Objetiva e demais etapas. “O cronograma será amplamente divulgado para que todos os candidatos tomem conhecimento. O Nucepe empreenderá todos os esforços de modo a garantir que a reaplicação ocorra com lisura e transparência, garantindo aos candidatos o êxito por mérito e não por meios ilícitos”, completa a nota.

FONTE: Oito Meia

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