Representantes da sociedade civil organizada se reuniram na última quarta-feira, diante de uma iniciativa inovadora do Grupo Meio Norte de Comunicação, para tratar de uma temática bastante deliciada: o aumento no número de suicídios no Estado. Segundo dados, apenas este ano a classe dos jornalistas já perdeu três colegas dessa forma trágica. Em sua maioria jovens, apresentam problemas depressivos que reprimidos por sentimentos ruins acabam levado a pessoa a tomar a decisão de tirar sua própria vida.
O Programa Agora, preocupado com tal índice, fez levantamento em conversa com especialistas, com o objetivo de ajudar a sociedade a diminuir índices de suicídio. Qual o papel da mídia diante desse assunto? Muito pode ser feito. Durante muitas décadas, o suicídio foi assunto silenciado, hoje é considerado problema de saúde pública.
“Nós nos preocupamos com o problema da violência que atinge as pessoas, porque temos muito respeito pela vida e pela sociedade. Temos que tratar o suicídio, mesmo sendo uma questão delicada, no Brasil o suicídio sempre foi considerado um pecado, mas com o objetivo de ajudar a sociedade foi criado se núcleo, temos o papel de tornar isso conhecido”, disse José Osmando, diretor de Jornalismo do Grupo Meio Norte de Comunicação.
Os pesquisadores Sérgio Perez Barreto e Humberto Corrêa destacam que o suicídio é um comportamento humano, provavelmente tão antigo quanto o próprio ser humano, e que nas últimas décadas atinge proporções de saúde pública. Segundo os autores, a mídia e os profissionais de comunicação têm importância fundamental, juntamente com as autoridades governamentais e os profissionais da saúde, no esclarecimento da população sobre o problema.
Participam do Núcleo o psicólogo clínico especialista em suicídio Carlos Aragão, o coordenador de Comunicação do Centro de Valorização da Vida (CVV) em Teresina, Eyder Mendes, a fundadora da ONG Centro Débora Mesquita, que presta o serviço de informação sobre suicídio Kesia Mesquita e a presidente Silvia Mesquita, além da gerente de Atenção Psicossocial da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Marina Leite e da Chefe de Núcleo da Gerência Psicossocial da Fundação Municipal de Saúde (FMS).
FONTE: Meio Norte
