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Bolsonaro cita, critica e cobra W.Dias sobre auxílio emergencial; governador rebate: “A fome não tira férias”

Durante live semanal, presidente da República tratou da cobrança feita pelo governador do Piauí, que pediu a permanência do auxílio no valor de R$ 600 em nome de outros gestores estaduais

O presidente da República Jair Bolsonaro (SEM PARTIDO) citou o governador Wellington Dias (PT) em uma live divulgada em suas redes sociais na noite desta quinta-feira (1º/04).

Bolsonaro criticou, cobrou e chegou a falar em “demagogia” ao tratar da cobrança de W.Dias a respeito do auxílio emergencial. Segundo o presidente da República, o governador do Piauí deveria criar um “complemento” para que a população volte a receber R$ 600.

“Se nós estamos dando R$ 250, você dá mais R$ 350 e chega nos R$ 600. Na nossa proposta é por quatro meses. Se você acha que tem que ficar até o final da pandemia, a partir de agosto, setembro, você paga os R$ 600 para o pessoal do teu estado. Você que está tirando o emprego das pessoas. Você que tem se responsabilizar. Não fazer um vídeo voltado para a demagogia culpando o Governo Federal. Então Wellington Dias, se teu estado é superavitário, você poderia criar um complemento do auxilio emergencial.”, disse o presidente.

 Para Jair Bolsonaro, Wellington Dias é “culpado” por estar “tirando o emprego das pessoas” e que deveria se responsabilizar mais pelos recursos enviados pelo Governo Federal. Ele acredita que o governador piauiense “não fez a sua parte”. E considera que o petista utiliza de uma “forma barata de fazer política”.

“Quem está acabando com o emprego é ele, o governador Wellington Dias, não nós aqui. Nós demos bilhões para o seu estado. Inclusive para equipar sua rede hospitalar. Para comprar leito de UTI, para comprar mais respiradores… e isso não foi feito. Faça sua parte antes de criticar os outros. O que eu mais quero aqui é paz e harmonia com todos os governadores, sem exceção. Agora essa forma barata de fazer política, isso aí não faz bem para a nossa democracia”.

Assista o vídeo do presidente com o trecho que ele fala de W.Dias:

GOVERNADOR WELLINGTON DIAS REBATE: “A FOME NÃO TIRA FÉRIAS”

Momentos após ser citado pelo presidente Jair Bolsonaro, o governador Wellington Dias rebateu em um texto enviado por sua assessoria de imprensa. Segundo a nota, a sua cobrança se deu em um momento que falava que “a fome não tira férias”. Como presidente do Consórcio Nordeste e coordenador do Fórum dos Governadores do Brasil, com destaque na imprensa nacional quase que diariamente, o petista piauiense estava pedindo que o Governo Federal conseguisse manter o auxílio emergencial no valor de R$ 600 para as pessoas carentes.

Segundo Wellington Dias, a defesa do valor de R$ 600 é para compensar o período em que as pessoas mais carentes, em todo o país, ficaram sem o pagamento. “Essa não é uma opinião particular. É a posição de governadores das cinco regiões do Brasil. Nós queremos seguir dialogando, independente das disputas eleitorais, e tratar diretamente com o presidente da República do meu país, que é o chefe de Estado a quem devemos recorrer para socorrer os que mais precisam”, declarou o governador.

Wellington enfatizou ainda que são os mais pobres e os que passam fome, que mais precisam de vacinas. Para ele, a vacina é a solução para reduzir as filas nos hospitais. “Sigo mantendo uma relação respeitosa e ao mesmo tempo na defesa do que o meu povo precisa. Aqui no Piauí, a exemplo de outros estados e alguns municípios, estamos ajudando aos mais pobres como podemos”, disse.

“Estamos liberando agora R$ 40 milhões para transferência de renda e ajudando, ainda, na alfabetização, bem como na ampliação da escolaridade. Estamos trabalhando duro para, também, oferecer crédito para apoio das atividades econômicas, com o foco para renda, fruto do trabalho”, completou.

O governador Wellington Dias finalizou argumentando que as condições do Piauí e dos demais estados da federação não são comparáveis a da União. “Veja o bom exemplo dos Estados Unidos da América, onde o presidente Joe Biden anunciou um pacote com U$ 2,3 trilhões. O equivalente no Brasil seria R$ 13,1 trilhões. O que estamos pedindo para os mais pobres no Brasil seria R$ 44 bilhões e tenho certeza que mandando a proposta para o Congresso Nacional, como fez no ano passado, seria aprovado na hora, com apoio da base do governo e da oposição”, concluiu.

Wellington Dias tem aparecido dando entrevista em vários veículos de comunicação da imprensa nacional (Foto: Reprodução redes sociais)

FONTE: Oito Meia

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