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Fábio Abreu aciona PF para descobrir quem espalha boatos via WhatsApp no Piauí

O secretário estadual de Segurança Pública Fábio Abreu acionou, nesta segunda-feira (29/05), uma parceria que a Polícia Civil do Piauí tem com a Polícia Federal no sentido de descobrir quem são os responsáveis por espalhar boatos via redes sociais.

Há muito tempo, boatos e informações inverídicas têm causado constrangimentos, crimes de difamação e contra a honra de centenas de pessoas no Piauí e por isso as Polícias devem se unir para coibir e chegar aos responsáveis, os criminosos que acham que podem ser esconder na Internet.

Secretário estadual de Segurança Fábio Abreu (Foto: Divulgação)

A investigação se deu a partir do momento em que um boato se espalhou via grupos de Whatsapp na quinta-feira da semana passada envolvendo jornalistas piauienses. Tentei não tratar deste assunto em minha coluna, mas me vejo obrigado a escrever em primeira pessoa porque também fui vítima e tive de registrar um B.O.

Compareci na tarde desta segunda-feira (29/05) à sede da Delegacia de Crimes Virtuais, que atua em conjunto no mesmo prédio sede do 6º DP, no bairro Piçarra, zona Sul de Teresina. Por recomendação de Fábio Abreu, registrei o Boletim de Ocorrência em que solicito providências para que seja descoberto o autor de uma notícia falsa que me cita como autor, usa da minha credibilidade e revela o nome de vários colegas jornalistas.

BO registrado na delegacia de Crimes Virtuais (Foto: OitoMeia)

Havia o link de um outro portal e uma matéria que tratava sobre a delação da JBS em que um supermercado de Teresina teria sido citado. Sem qualquer relação com o link da notícia, havia uma lista com nomes de jornalistas. O autor da postagem quis passar a impressão de que os profissionais teriam recebido dinheiro de maneira escusa. A lista dos jornalistas na verdade foi publicada em minha coluna em fevereiro deste ano e tratava dos profissionais da imprensa mais bem pagos do estado.

Quando houve a publicação, nada mais rendeu do que comentários entre os próprios colegas da imprensa. É claro que se tratava de uma especulação de acordo com os bastidores do que se comenta nas redações locais. Os valores se baseavam, como descrevi na época, não apenas em salário, mas em patrocínios, divulgações, merchandising, assessorias e por aí vai. E outra: onde está o erro de qualquer que seja o profissional em ganhar bem desde que seja conquistado com o fruto do seu suor?!

Mas o criminoso que a partir de agora passa a ter a Polícia Civil e a Polícia Federal a sua procura quis confundir. E hoje em dia, infelizmente, está cheio de gente disposta a confundir, a tumultuar o campo das redes sociais. Pessoalmente e via Whatsapp e Facebook, eu cheguei a solicitar aos que conheço que não compartilhassem informações falsas como essa. Todos têm famílias, têm amigos e outras pessoas que nem sempre entenderão que aquilo se trata de um boato.

“De uns tempos para cá aumentou muito o número de casos de pessoas que se sentiram lesadas por causa de boatos, de invenções de redes sociais. É um campo em que qualquer um está sujeito a ser vítima. Há uma dificuldade em ter acesso a informação em aplicativos como o Whatsapp, alguns juízes até já tentaram, mas temos como chegar ao autor de boatos deste tipo em que o Allisson Paixão foi vítima assim como os outros jornalistas. E vamos começar a partir de então a monitorar estes tipos de casos”, afirmou Fábio Abreu, de posse do B.O registrado nesta segunda.

O crime que o autor do boato em questão responderá –não adianta me pedir, que não vou colocar o print aqui. O que o criminoso mais quer é que demos audiência a ele. Não darei– será  de difamação. A pena pode chegar a mantê-lo preso por até um ano, além do pagamento de multa. Está no artigo 139 da do Código Penal Brasileiro, no capítulo de “Crimes contra a Honra”. Para quem se achar lesado por boato de redes sociais, o delegado Daniel, titular da Delegacia de Crimes Virtuais, pode acompanhar seu caso ou repassar, dependendo do tipo de crime, à delegacia responsável. Fica o alerta: recebeu algo de forma duvidosa, que só serve para confundir ou tumultuar, não compartilhe. Apague e peça para quem lhe enviou fazer o mesmo. Sei que é difícil e o prazer é menor. Mas pelo bem do bom jornalismo, quem mais ganha com isso é você.

FONTE: Oito Meia

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