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Novo Cangaço planejava raptar PMs para usá-los como escudo humano

Duas fontes que participaram da operação de confronto com a família Araquan, no assalto a um banco de Curimatá, realizado no início do mês passado, repassaram ao 180 a informação de que a quadrilha que agiu na região tinha como objetivo raptar policiais do Grupamento da Polícia Militar no município.

As informações constam daquelas provenientes do monitoramento feito pela Polícia Federal, que avisou à polícia do Piauí sobre a ação do bando. A antecipação ao crime permitiu um cerco à quadrilha e o saldo foi 5 mortos, 6 presos e 3 membros do grupo foragidos.

A ideia era eles raptarem dois policiais militares do GPM da cidade para serem usados como reféns na fuga ou até de escudo humano.

Chegaram a ir ao local que serve como sede da PM no município – um pequeno casebre sem muita estrutura – e acabaram por desistir quando viram os portões com cadeados.

Os criminosos estavam sendo monitorados, provavelmente, através de escutas telefônicas.

GPM de Curimatá 2.JPG

“A ORDEM ERA DEIXAR EXPLODIR O BANCO”
As fontes também relataram ao 180, que embora a polícia soubesse que haveria uma ação criminosa no local, “a ordem superior” era de que deixasse o crime ser consumado.

Havia o temor por parte dos policiais de que a quadrilha estivesse usando pessoas inocentes para fazer os trabalhos iniciais no banco. “Era preciso diferenciar quem era quem”, contam.

“Temíamos um massacre de inocentes, igual ao da [Chacina] da Meruoca”, relataram.

A Chacina da Meruoca ocorreu em 1999, quando policiais confundiram um grupo de empresários com assaltantes de banco e mataram todos.

POR: Rômulo Rocha / 180 Graus

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