Um novo vírus transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti tem deixado as autoridades de saúde em estado de alerta em todo o Brasil. Batizado de Mayaro, ele pode estar se espalhando pelo continente Americano, após passar por um processo de adaptação, passando a ser transmitido também por vetores urbanos, como o Aedes aegypti.
Segundo site do Ministério da Saúde, a febre do Mayaro é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes), que pode causar uma doença de curso benigno semelhante a dengue. Normalmente, após uma ou duas semanas o paciente se recupera completamente. Entretanto, parte dos pacientes pode apresentar queixa de artralgia intensa, acompanhada ou não de edema nas articulações. A lesão pode ser limitante ou incapacitante e durar por meses, quando a recuperação é mais prolongada.
Os sintomas da febre do Mayaro são parecidos com os da dengue e chikungunya. No entanto, na nova doença as dores e inchaço das articulações podem ser mais limitantes e durar meses para passar. Pelo quadro clínico pode ser difícil diferenciar se a pessoa está com dengue, zika, Mayaro ou chukungunya. Só exames laboratoriais específicos podem apontar o diagnóstico correto.
“Quando alguém se encontrar com febre inespecífica e cansaço, sem outros sinais aparentes, se surgirem manchas vermelhas pelo corpo, dor de cabeça e nas articulações, apresentar intolerância à luz (fotofobia), essa pessoa pode estar com algumas dessas viroses transmitidas pelos mosquitos. O que ela precisa fazer de imediato é manter o corpo hidratado e depois procurar um serviço de saúde”, diz Amariles Borba, diretora de vigilância em Saúde da FMS.
Casos no Brasil
Segundo o Datasus (Departamento de Informática do SUS) entre dezembro de 2014 e junho de 2015 foram confirmados 197 casos de febre do Mayaro nas regiões Norte e Centro-Oeste, com destaque para os estados de Goiás, Pará e Tocantins. Todas estas pessoas moravam ou estiveram em área rural, silvestre ou de mata por atividades de trabalho ou lazer. O Estado de Goiás registrou 66 casos até fevereiro de 2016.
O Piauí não notificou casos em 2015 e o Datasus não possui mais dados atualizados deste ano.
FONTE: Portal O Dia