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Temer assina decreto para intervenção militar no Rio

Military troops patrol Botafogo neighbourhood in Rio de Janeiro, Brazil, on July, 28, 2017.
Brazil has mobilized some 8,500 soldiers to Rio de Janeiro state to fight organized crime and a spike in street violence. Some of these troops have already been deployed with transport trucks seen rolling through the city of Rio these friday afternoon. / AFP PHOTO / Mauro PIMENTEL

SÃO PAULO, 16 FEV (ANSA) – O presidente Michel Temer assinou nesta sexta-feira (16) o decreto que autoriza a intervenção militar na segurança pública do Rio de Janeiro.

O texto precisa ser votado pelo Congresso Nacional e prevê que as Forças Armadas comandem as polícias Civil e Militar do estado até 31 de dezembro de 2018. “O objetivo da intervenção é pôr termo a grave comprometimento da ordem pública no Estado do Rio de Janeiro”, diz o decreto.

O interventor será o general do Exército Walter Souza Braga Netto, que atuou na segurança dos Jogos Olímpicos de 2016. Ele ficará subordinado diretamente ao presidente da República e não estará sujeito a normas estaduais que “conflitarem” com as medidas necessárias para a ação federal no Rio.

“O interventor poderá requisitar a quaisquer órgãos, civis e militares, da administração pública federal, os meios necessários para consecução do objetivo da intervenção”, afirma o texto. A medida foi decidida após uma longa reunião em Brasília entre Temer e o governador Luiz Fernando Pezão, ambos do MDB.

“O crime organizado quase tomou conta do estado do Rio de Janeiro”, disse o presidente, que prometeu respostas “duras” e “firmes” para restabelecer a segurança. Temer também deve fazer um pronunciamento em rede nacional às 20h30 desta sexta-feira.

Em consequência da intervenção, o secretário de Segurança do Rio, Roberto Sá, foi afastado do cargo, já que, na prática, ele não terá mais nenhum poder até 31 de dezembro. O próprio Pezão também não terá autonomia sobre as polícias fluminenses, que ficarão sob comando do general Braga Netto.

Previdência – O artigo 60 da Constituição impede alterações em seu texto durante períodos de intervenções federais nos estados, o que inviabilizaria a reforma da Previdência, uma das bandeiras do governo Temer.

No entanto, o presidente anunciou que a intervenção será “suspensa” quando a proposta for votada no Congresso, mas que as ações previstas no decreto desta sexta serão mantidas durante todo o período.

O Rio de Janeiro vê a crise na segurança pública se agravar dia após dia, tanto entre a população civil, vítima do fogo cruzado entre bandidos e policiais, como nas próprias corporações, que perderam mais de 100 agentes no ano passado. (ANSA)

FONTE: Isto É

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