O deputado Heráclito Fortes anunciou na tarde desta quinta-feira (07) que seu nome está à disposição do partido, o PSB, para a candidatura à presidência da Câmara. Heráclito se reuniu com lideranças do partido e anunciou: “aquilo que até agora era apenas um boato simpático, passa a ser concreto e meu nome está à disposição do partido para sair candidato”. A decisão do partido só será definida na segunda-feira (11).
Depois de anunciada a renúncia do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB/RJ), no início da tarde de hoje, da presidente da Câmara, surgiu à informação de que o nome de Heráclito Fortes estaria como um dos indicados para concorrer à disputa na presidência da Câmara. No primeiro momento, ele apenas afirmou que se tratava de um boato simpático, pelas amizades e relações que construiu em toda a sua vida pública, como deputado e também como senador.
“Estamos diante de um fato consumado, que é a renúncia de Eduardo Cunha, e o seu reconhecimento de que, ao continuar na situação em que estava, traria um incômodo ainda maior, não somente a esta Casa, mas à Nação como um todo. Creio que, finalmente, reencontraremos o caminho da paz e das discussões que o Brasil tanto necessita neste momento”, declarou o deputado em pronunciamento na Câmara.
O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), sob gritos de “fora Cunha” ao chegar ao Salão Verde da Câmara, fez o anúncio da decisão em um pronunciamento. Ele estava afastado do cargo desde 5 de maio por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que também suspendeu o seu mandato parlamentar por tempo indeterminado.
Heráclito fortes foi o terceiro secretário da Câmara nos anos 80 e posteriormente vice-presidente. Ao eleger-se senador da república em 2002, chegou a ser o terceiro secretário da mesa do Senado para disputar o cargo. Para disputar a presidente da Câmara atualmente ele tem um bom trânsito nos corredores do Congresso e é muito bem relacionado com o chamado baixo clero.
De acordo com as regras anunciadas na tarde desta quinta-feira, o novo presidente da Câmara será eleito em primeiro turno caso obtenha a maioria absoluta dos votos. Ou seja, se estiverem presentes 500 deputados, são necessários os votos de pelo menos 251 parlamentares. Se nenhum candidato alcançar esse número, haverá um segundo turno entre os dois mais votados. Neste caso, bastará maioria simples dos votos para eleger o novo presidente da Câmara. O deputado eleito assumirá o mandato que se encerra no dia 1º de fevereiro de 2017.
FONTE: Portal AZ
