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Em dois anos, Piauí teve 56 casos de feminicídios registrados, aponta Segurança Pública

Em dois anos o Piauí teve 56 de feminicídios registrados no estado, segundo divulgou o Plano Estadual de Enfrentamento à Violência contra a Mulher divulgados na última segunda-feira (10/12). A pesquisa teve resgatou dados referentes à violência contra a mulher em ambientes, privados, públicos e institucionais, registrados nos anos de 2015 e 2016.

De acordo com a pesquisa, em mais de 80% dos casos não existiam registros anteriores de violência contra às mulheres nas unidades policiais, porém, após o feminicídio, pessoas próximas costumavam declarar que a vítima sofria abusos por parte do agressor.

O estudo também constatou que o feminicídio ocorre em maior número no interior do estado e atinge majoritariamente mulheres negras. Também foi apontado que essas mulheres geralmente eram lavradoras e estavam casadas ou em uma união estável.

Além disso, a pesquisa destacou que a prática do feminicídio geralmente ocorre no interior do estado, durante à noite ou na madrugada, sobretudo no interior da residência. Armas brancas foram as mais utilizadas para matar mulheres em crimes que envolveram razões de gênero.

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

A violência doméstica contra mulher aparece em segundo lugar no ranking das ocorrências criminais registradas no Piauí, de acordo com o mapeamento criminal da violência contra a mulher. Os mapas criminais foram desenvolvidos pelo Núcleo Central de Estatísticas e Análise Criminal (Nuceac), levando em conta ocorrências registradas em todo o Estado do Piauí, com base nos doze Territórios de Desenvolvimento.

A região que mais registrou à prática em 2016, com 6.996 casos registrados, foi a área metropolitana de Teresina, que engloba a capital e outras 33 cidades do estado. Apenas 62 dos 224 municípios analisados não registraram ocorrências dessa natureza.

O litoral ficou em segundo lugar no ranking de violência contra a mulher, com 750 b.o’s. Em seguida a região de Itaueiras, Vale do Guariba, e Cocais com registros com até 500 casos por ano. A área de Caraúbas e a Serra da Capivara tiveram registros de 300 casos registrados no período analisado.

MEDIDAS ADOTADAS NO COMBATE A VIOLÊNCIA CONTRA MULHER

A Secretaria de Segurança, desde início de 2015, vem implementando políticas de prevenção e enfrentamento à violência contra a mulher. No entanto, também destacou a necessidade de potencializar ainda mais as ações de prevenção, capacitação dos profissionais e fortalecimento da participação da segurança na rede de proteção à mulher.

“Em 2 de março de 2015, o Núcleo Policial Investigativo do Feminicídio, com competência para investigação do Feminicídio em todo o estado. O ato que instituiu a estratégia o conceituou “[…] como sendo o assassinato de meninas,mulheres, travestis e mulheres transexuais baseado em relações de gênero”. A Segurança Pública enfatizou no relatório que a expansão das delegacias da mulher para os Territórios desprovidos do atendimento especializado é foi tida como urgente.

SALVE MARIA

Para ajudar a identificar casos de violência contra a mulher e denunciá-los, o Governo do Estado do Piauí lançou o aplicativo “Salve Maria”. A aplicativo dispõe de dois modos de denúncia, tendo o botão do pânico que, ao ser apertado no celular, emite um alerta à Central de Polícia, que por sua vez desloca a viatura mais próxima da vítima para atender ao chamado, pois o aplicativo informa a localização de onde o pedido de socorro partiu.

O segundo botão pode ser usado por qualquer pessoa, sendo possível preencher um formulário simples com dados do agressor, da vítima, endereço e ainda anexar arquivos de áudio, vídeo e imagem. O processo de denúncia é sigiloso nas duas modalidades.

Link do aplicativo Salve Maria para download na Play Store: 

https://play.google.com/store/apps/details?id=br.gov.pi.ati.salvemariaapp

FONTE: Oito Meia

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