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Profissionais que não pararam na pandemia da Covid-19 reivindicam vacinação no Piauí

Dentre os profissionais estão os trabalhadores de farmácia, supermercado e bancários.

Supermercado apresentaram aglomeração em Teresina — Foto: Reprodução/TV Clube

Profissionais dos serviços essenciais, que não pararam as atividades durante a pandemia da Covid – 19, estão reivindicando a vacinação. Dentre esses profissionais estão os trabalhadores de supermercado, farmácia e bancários.

A caixa de supermercado Regiane Ribeiro contou que desde o início da pandemia parou de trabalhar apenas por alguns dias. Ela revelou que seu filho sofre de problema respiratório e por isso pediu afastamento das atividades, mas logo teve que retornar ao emprego.

“No começo eu até fiquei afastada do trabalho por 14 dias, porque eu fiquei com medo de passar o vírus para o meu filho. Mas do meio para o fim acabei voltando”, contou.

De acordo com os decretos estaduais e municipais, a atividade comercial que um supermercado exerce foi considerada serviço essencial durante a pandemia. Os profissionais que atuam nesses locais não pararam, mesmo com as restrições das atividades comerciais.

Caixa de farmácia — Foto: Reprodução/GloboNews

Caixa de farmácia — Foto: Reprodução/GloboNews

O vice-presidente do Conselho Regional de Farmácia do Piauí (CRF – PI), Ícaro Tyêgo, destacou que mesmo os profissionais farmacêuticos lidando rotineiramente com pessoas doentes com Covid-19, eles ainda não foram todos vacinados.

“O CRF-PI enviou dezenas de ofícios para os municípios do estado do Piauí para garantir esse direito para os profissionais farmacêuticos e apesar de termos sido atendidos em diversas cidades, ainda temos profissionais que trabalham em drogarias, como balconistas, que não foram imunizados”, explicou.

Agência do banco Mercantil do Brasil atendendo clientes em descumprimento ao decreto municipal, em São Vicente, SP. — Foto: Fabiano Couto/Sindicado dos Bancários de Santos e Região

Agência do banco Mercantil do Brasil atendendo clientes em descumprimento ao decreto municipal, em São Vicente, SP. — Foto: Fabiano Couto/Sindicado dos Bancários de Santos e Região

As reivindicações para entrar na prioridade de vacinação também são feitas pelos bancários. O Sindicato dos Bancários do Piauí afirmou que esses profissionais, que também não pararam suas atividades, trabalham em locais fechados e em contato com centenas de pessoas diariamente.

“Nós já tivemos agências que já passou uma semana fechada, porque oito colegas foram contaminados pelo vírus de uma só vez. Se essa situação continuar, a tendência é adoecer mais profissionais e fechar mais agências. Queremos que as autoridades sejam mais sensíveis com os profissionais que estão na linha de frente”, contou Odaly Medeiros, presidente do sindicato.

O outro lado

Essas categorias que reivindicam a vacinação, alegam que, por não terem parado suas atividades, são expostas diariamente ao coronavírus. Até o momento, no que diz respeito à prioridade de profissões na fila da vacina, o Governo Federal determinou apenas profissionais da saúde, segurança e trabalhadores da educação.

Todas essas categorias não estão inclusas no Plano Nacional de Imunização, então, as solicitações às prefeituras não são válida, já que elas não têm o poder para editar a lista de prioridades da vacina.

As prefeituras alegam que somente o Ministério da Saúde e os governos estaduais podem acrescentar categorias à fila. E mesmo os estados precisam consultar o Ministério antes de fazer qualquer inclusão.

FONTE: G1 PI

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