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Armas brancas, drogas e celulares são apreendidos em vistoria em presídios

As ações resultantes da operação de pacificação no interior dos presídios do Piauí, culminaram na apreensão de drogas, celulares e armas brancas em celas da Casa de Custódia de Teresina.A informação foi repassada pelo Secretário de Justiça, Daniel Oliveira.  A operação visa retirar objetos ilícitos de dentro dos presídios, a fim de evitar motins e rebeliões, sobretudo no período que antecede o feriado de Carnaval, onde as tropas de segurança são, em sua maioria, deslocadas para a montar guarda nos locais de concentração de foliões.

De acordo com o secretário de Justiça, neste primeiro momento não está prevista a transferência de presos. Estão sendo realizados apenas vistoria de pessoal e nas estruturas físicas dos presídios para garantir que a ordem nesses locais seja mantida. “A intenção é verificar a situação desses lugares, em termos de entrada de entorpecentes, celulares e outros objetos proibidos. Sabemos que muitas vezes esses objetos entram por meio das visitas e nós estamos intensificando a fiscalização para evitar que isso se repita”, explica Daniel Oliveira.

O secretário de Justiça, Daniela Oliveira – Foto: Assis Fernandes/O Dia

A vistoria na parte física dos presídios consiste basicamente na avaliação de como se encontra estrutura das unidades, em termo de situações das celas, estado de conservação e principalmente na busca de escavações, buracos e falhas nas paredes, telo e chão que possam levar a futuras fugas de detentos. Foi o que explicou o diretor de Assistência Militar da Secretaria de Justiça, coronel Luis Antonio Pitombeira.


A operação deve continuar pelos próximos dias em todo o Estado. Foto: Duapi/Sejus

O militar explicou ainda que para a fiscalização dentro das celas, os detentos são encaminhados para o pátio da unidade, vestindo apenas roupas íntimas para que sejam revistados a procura de materiais ilícitos, principalmente aqueles pontiagudos que possam ser usados como armas em ataques a outros detentos ou até mesmo contra agentes de segurança em tentativas de fuga.

“Nós ainda não temos um número fechado de apreensões, pois a operação ainda está em andamento. Mas o fato é que, só nesta manhã conseguimos retirar uma boa quantidade de drogas de dentro da Casa de Custódia, sobretudo crack e uma quantidade considerável de aparelhos celulares, que entram muitas vezes com as visitas, principalmente em visitas íntimas”, destacou o coronel.  Pitombeira afirma ainda que a segurança externa destas unidades estão sendo reforçada, principalmente nos presídios que apresentação uma superlotação de detentos, como por exemplo, a Casa de Custódia de Teresina, local no qual a ação teve início.

Coronel Pitombeira, diretor de Assistência Militar da Sejus – Foto: Assis Fernandes/O Dia

Com relação à superlotação das unidades, o secretario de Justiça reconheceu o problema, disse que há um aumento progressivo considerável da população carcerária do estado ao longos dos últimos anos, e que isso tem sido tratado a partir da instauração de políticas públicas dentro dos presídios e da humanização da permanência do preso dentro das unidades.

“Nós temos, por exemplo, o Ensino de Jovens e Adultos funcionando dentro das unidades prisionais, são mais de 400 estudantes dentro dos presídios hoje e temos mais de 500 detentos trabalhando nas mais diversas áreas no sistema penitenciário. Isso gerou, só no ano passado, uma economia de cerca de R$ 7 milhões com o uso da mão de obra dos presos. Nós podemos dizer que o sistema trabalha com o viés de gerar recursos para a sociedade, ocupando o interno, mas não podemos dizer ainda que há zero ociosidade nas unidades”, finalizou Daniel Oliveira.

A Operação Pacificação empregou, só na Casa de Custódia, cerca de 100 homens da Polícia Militar e agentes penitenciários. As ações serão levadas, a partir de agora, para os presídios do interior do Estado.

Por: Maria Clara Estrêla e Geici Mello / Portal O Dia

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