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PIB: 100 municípios do Piauí têm programas federais como maior fonte de renda

A Fundação Centro de Pesquisas Econômicas e Sociais do Piauí (Cepro), em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na manhã desta quinta-feira (14/12), divulgou o Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios piauienses, referentes ao ano de 2015. Teresina lidera ranking dos cinco maiores, seguida Parnaíba, Picos, Uruçuí e Floriano.

Teresina atingiu um PIB da ordem de R$ 17,62 bilhões, levemente inferior ao ano de 2014, concentrando 45,03% do PIB estadual. O estudo destaca a desigualdade e a concentração de renda no Piauí.

José Medeiros, presidente do Cepro, ressalta que a maior renda per capta do estado não está em Teresina, cuja posição é ocupada pela cidade de Baixa Grande do Ribeiro, que é de R$ 49.866,93 (Foto: Jéssica Kamila)

Antônio José Medeiros, presidente da Fundação Cepro, afirmou que o modelo de crescimento por transferência de renda se esgotou e que o caminho agora deveria ser o de produção e produtividade. Ele alinha o destaque do PIB de Teresina como ainda concentrado no setor de serviços, abrangendo 76,37% da economia municipal.

“Há um mês, nós divulgamos o PIB do Piauí e agora o dos municípios, equivalente ao ano de 2015. Quem mais sofreu o impacto da crise foi Teresina, sobretudo com a redução das atividades de serviços e comércio. A renda per capita da cidade foi menor do que a do ano de 2014. Já os municípios do cerrado continuam com o maior rendimento per capita por causa da agropecuária, que tem crescido no Piauí”, pontua José Medeiros.

RENDA PER CAPTA

O presidente também ressalta que a maior renda per capita do estado não está em Teresina, cuja posição é ocupada pela cidade de Baixa Grande do Ribeiro (R$ 49.866,93), Sul do estado. Uruçuí vem em segundo, com R$ 48.817. Já a capital só aparece na oitava posição, cuja renda per capta é de R$ 20.79,75.

O levantamento ainda destaca que 100 municípios piauienses têm como maior fonte de renda recursos de programas federais, ressaltando a fragilidade na economia local como um dos estados com menor representatividade em nível nacional. “Toda essa diferença tem que ser recuperada. E isso se faz com um Estado organizado que cumpre seus compromissos financeiros”, disse Merlong Solano, secretário de governo.

Eyder Mendes, supervisor do IBGE no Piauí, destacou a colocação de Teresina em nível nacional. “Em 2015, a capital piauiense passou da 72° posição para a 48° dentre os municípios em relação ao PIB do Brasil. Em relação ao PIB do Nordeste Teresina passou a ocupar o 19° posição”, destacou.

No estudo também aponta que os municípios piauienses, Miguel Leão e Santo Antônio dos Milagres ocupam as piores posições do ranking do PIB dos municípios do Brasil, com PIB anual de R$ 11,43 milhões e R$ 12,01 milhões, respectivamente.

CINCO MAIORES PIBs DO PIAUÍ

TERESINA: R$ 17,62 bi

PARNAÍBA: R$ 1.795.111

PICOS: R$ 1.233.058

URUÇUÍ: R$ 1.025.704

FLORIANO: R$ 925.325

CINCO MENORES PIBs DO PIAUÍ

MIGUEL LEÃO: R$ 11.439

SANTO ANTÔNIO DOS MILAGRES: R$ 12.012

AROEIRAS DO ITAIM: R$ 15.539

OLHO D’AGUA: R$ 46.419

SÃO MIGUEL DA BAIXA GRANDE: R$ 16.649

FONTE: Oito Meia

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