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Nova Federação dos Terreiros de Umbanda e Candomblé da região de Picos realiza assembleia e discute intolerância religiosa

A assembleia reuniu líderes de terreiros das cidades de Marcolândia, Picos, Padre Marcos, Alegrete do Piauí, Valença do Piauí e do estado do Ceará.

FOTO: Reprodução

A Nova Federação dos Terreiros de Umbanda e Candomblé da região de Picos realizou na manhã desta sexta-feira (17) uma assembleia com a presença de pais e mães de santo de terreiros filiados à federação. O encontro aconteceu no templo religioso São Jorge Guerreiro do Babalorixá Professor André do Maranhão, que fica localizado na Rua São José, no Centro de Picos.

A assembleia reuniu líderes de terreiros das cidades de Marcolândia, Picos, Padre Marcos, Alegrete do Piauí, Valença do Piauí e do estado do Ceará.

O Babalorixá Professor André do Maranhão, que é tesoureiro da federação, destacou a importância da realização da assembleia para a classe religiosa.

“A gente está aqui levando a toda população, a macrorregião de Picos, a todo o Piauí e o Brasil que a umbanda e o candomblé são uma religião que deve ser respeitada e que é uma coisa do bem, que faz caridade e ajuda o próximo. Estamos aqui para apoiar e orientar todos os templos religiosos e lutando contra o preconceito que está existindo, inclusive nas cidades próximas de Picos”, disse André do Maranhão.

André do Maranhão relatou ainda que a federação tem recebido vários relatos de preconceito religioso nas cidades de Marcolândia e Alegrete do Piauí.

A mãe de santo Maria Helena, conhecida como Karlene, da Tenda Espírita Cabocla Jurema de Marcolândia, esteve presente no encontro e denunciou casos de intolerância religiosa no município. “Minha filha sofreu preconceito religioso dentro do colégio. Ela foi agredida verbalmente por pessoas, mas graças a Deus tivemos o apoio do advogado da federação, Dr. Serafim, o professor André e o presidente Bimba, que nos acolheu e nos orientou na decisão que a gente poderia tomar. Umbanda é uma religião como qualquer outra que deve ser respeitada”, declarou.

Outro que esteve presente na assembleia e denunciou casos de intolerância religiosa no seu município foi Robson, que representou Pai Bruno de Ogum de Alegrete do Piauí.

“Estão querendo impedir que a gente faça os cultos no centro da cidade. Ficam perguntando se a gente tem documentação do local, mas temos todos os documentos para que a nossa Tenda de Umbanda e Espírita Ogum funcione dentro da lei. Está tudo legalizado. Estamos sofrendo perseguição”, lembrou.

Segundo o procurador jurídico da NFTUC, Eduardo Serafim, a federação vai mover um procedimento administrativo, buscando noticiar as autoridades competentes para saber dos ocorridos e posteriormente exigir o direito a religião, como em Marcolândia e em Alegrete.

Ainda de acordo com o advogado Eduardo Serafim, a federação orienta aos seus filiados que nesses casos devem fazer primeiro é registrar um boletim de ocorrências. “Posteriormente é enviado um ofício a de federação para que o membro possa exercer seu direito religioso em qualquer lugar onde ele estiver”, completou.

Posse

Durante a assembleia foi realizada a posse da nova coordenadora da Nova Federação dos Terreiros de Umbanda e Candomblé, Maria Francisca de Brito.

Fonte: RiachãoNet/Romário Mendes

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