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Agências do Banco do Brasil de Picos devem perder 14 funcionários

A justificativa da instituição é a necessidade de equalizar situações de vagas em excesso.

As duas agências do Banco do Brasil de Picos devem perder 14 funcionários com “Programa de Adequação de Quadros”, que visa à transferência de servidores ou desligamento consensual. A justificativa da instituição é a necessidade de equalizar situações de vagas em excesso em algumas unidades bancárias e aumentar a competitividade.

O pacote de medidas de readequação institucional foi anunciado na última segunda-feira, dia 29 de julho. Funcionários localizados em dependências com excesso no quadro de pessoal podem aderir ao plano de desligamento incentivado ou movimentar-se para outras unidades onde exista vagas.

Os funcionários que optarem pelo desligamento poderão aderir à modalidade aposentadoria ou desligamento consensual até o dia 14 de agosto. Além dos direitos regulamentares de desligamento de pessoal, haverá uma indenização vinculada ao tempo de trabalho no banco, de até 9,8 salários. O banco também ressarcirá o plano de saúde dos funcionários e dependentes econômicos pelo período de 1 ano.

Agência do Banco do Brasil, no centro de Picos
Agência do Banco do Brasil, no centro de Picos

Entre as medidas do programa, também está a transformação de 49 postos de atendimento em agências e de 333 agências em postos de atendimento. Segundo o banco, as agências transformadas em postos continuarão a prestar os mesmos serviços financeiros, havendo impacto somente na estrutura organizacional.

A assessoria nacional do BB informou também que haverá mudança em apenas duas agências do Piauí, que serão transformadas em postos de atendimento. As alterações ocorrerão nas agências de Cristino Castro e Pio IX.

Mudanças reduzem comissão dos gerentes e capacidade de investimentos, diz sindicato

O anúncio do pacote de readequação organizacional do Banco do Brasil foi recebido com ressalvas pelas entidades representantes dos trabalhadores de entes financeiros no Piauí. O Sindicato dos Bancários, por exemplo, demonstrou preocupação com o que chamou de “redução da autonomia das agências do Estado”.

Antônio Libório, diretor regional do sindicato dos bancários, afirma que o programa trás prejuízos para a população e para os funcionários.

Para o presidente da entidade, José Arimateia Passos, a transformação das agências em postos de atendimento implicará, mais na frente, na diminuição dos quadros de funcionários, impactando, inclusive nas funções desempenhadas pelos gerentes locais.

“Elas [as agências] terão o quadro de funcionários reduzido e o gerente vai ser afetado porque, além de tirar dele a capacidade de fazer investimentos e empréstimos, ele passará a ter uma obrigatoriedade menor do que a que tem hoje. Isso vai diminuir a comissão que ele recebe. É ruim de qualquer forma”, explica.

O Sindicato dos Bancários informou que já esperava pelo anúncio de medidas por parte do BB, dada à situação econômica na qual o país se encontra. No entanto, para a entidade, a amplitude das ações que a instituição pretende tomar pegou de surpresa. Para o presidente do sindicato, não é possível ainda dimensionar os cortes de pessoal e nem a redução da capacidade de investimentos que o BB terá, mas o plano, em um primeiro momento, traz impactos negativos para a população, para empresa em si e para o próprio Estado.

O Sindicato dos Bancários do Piauí ainda estuda mais detalhadamente as ações que serão tomadas pelo Banco do Brasil para poder decidir se poderão ser tomadas medidas legais e quais alternativas seriam viáveis.

FONTE: Riachaonet

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