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Piauí pode dar até 9 votos para a reforma da Previdência

No governo, há estimativas de que hoje a proposta teria o apoio de 320 votos, 12 a mais que o exigido para uma emenda à Constituição.

Rejane Dias: voto da deputada na reforma pode mudar se houver a inclusão de estados e município no texto final

Começa a contagem de votos para o grande embate no plenário da Câmara dos Deputados em torno da proposta de reforma da Previdência. No governo, há estimativas de que hoje a proposta teria o apoio de 320 votos, 12 a mais que o exigido para uma emenda à Constituição. A contabilização passa por avaliação do comportamento das bancadas de cada estado. No Piauí a avaliação é que a reforma tem amplo apoio, podendo garantir até 9 votos dos 10 representantes piauienses na Câmara. Mas esse número depende do andamento das discussões.

Como emenda constitucional, a proposta de reforma precisa de três quintos dos votos da Casa, repetidos em dois turnos – o mesmo tipo de exigência também acontece no Senado. Na Câmara, portanto, são necessários 308 votos em cada turno; no Senado, 49 votos. Na Câmara, onde há mais atenção a esse quorum qualificado, os articuladores afirmam a necessidade de uma margem de segurança. Por isso Rodrigo Maia, o presidente da Câmara, acha que um bom referencial é um apoio de 330 – para não ser surpreendido por mudanças de última hora ou por ausências inesperadas.

Se a proposta for submetida a votação plenária como está – ou seja, sem contemplar estados e municípios –, a expectativa é que 8 dos 10 deputados piauienses votem pela reforma. As discrepâncias seriam os dois nomes do PT: Assis Carvalho e Rejane Dias. Mas a mudança no texto para inclusão dos estados deve alterar um desses votos: nesse caso, Rejane votaria a favor. Seria um 9×1.

Assis pode votar por inclusão de estados

O deputado Assis Carvalho já anunciou que vai votar contra a reforma da Previdência. Essa decisão leva em conta até mesmo a possibilidade de um texto incluindo estados e municípios. Apesar disso, Assis poderá sim votar a favor da inclusão. Será o que ele chama de “estratégia do menor prejuízo”. Isso só ocorrerá, naturalmente, se antes o texto base for aprovado.

Explicando: se depender unicamente do voto de Assis, não haverá reforma. Mas se ele for voto vencido na votação do texto base e a reforma estiver garantida, aí ele tentará “diminuir o prejuízo”. Nesse caso, ele tende a votar a favor dos destaques que levem à inclusão de estados e municípios na reforma. Também votará em destaques que mudem o entendimento sobre diversas categorias, como servidores públicos.

FONTE: Cidade Verde

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