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Designer de Modas picoense perde 70 kg e vence compulsão alimentar

Ele fez uma cirurgia bariátrica e conta a seguir como fez para a forma como lidava com os alimentos, começar a treinar e se tornar mais saudável:

O designer de moda Laéllyo Mesquita chegou a pesar 150 kg e a vontade de emagrecer surgiu após uma série de problemas de saúde. Ele fez uma cirurgia bariátrica e conta a seguir como fez para a forma como lidava com os alimentos, começar a treinar e se tornar mais saudável:

“Na minha infância, tinha um peso normal. Não era nem gordo, nem magro. Quando entrei na adolescência, comecei a viajar bastante e só me alimentava fora de hora. Ficava muito longe da minha família e passei a me sentir muito sozinho. Resultado? Descontava minha ansiedade na comida.

Quando vi, já estava muito gordo, pesando 150 kg. Nunca tive problemas em estar acima do peso, eu me aceitava dessa maneira e era feliz comigo mesmo. Inclusive, ganhei duas vezes o prêmio Jovem Brasileiro na categoria de Moda mesmo estando gordinho e cheguei a correr com a tocha olímpica em 2016!

Não nego que fui alvo de gordofobia e preconceito. As pessoas veem o gordo como se ele estivesse fora de padrão para tudo. Eu ouvia das pessoas que já tinha um rosto bonito, ou seja, para ser uma pessoa bonita só faltava emagrecer. Fora que me olhavam como se eu fosse sujo. Não encontrava roupa que me coubesse. As pessoas precisam entender que os gordos também têm caráter e personalidade.

Mesmo sendo feliz com o meu peso, percebi que precisava mudar o meu físico quando comecei a ter problemas de saúde. Estava com o colesterol nas alturas, problemas cardíacos e gordura no fígado. O problema é que não conseguia mais controlar minha mente. Comia de forma compulsiva. A alimentação tinha tomado conta de mim.

Em 2015, resolvi buscar um gastroenterologista para realizar uma cirurgia bariátrica. Não foi fácil tomar a decisão, mas fiz isso por uma questão de saúde. Sabia que precisaria abrir mão de muitas coisas e esse não era um caminho fácil, como muitas pessoas acreditam.

E, realmente, no início foi bem difícil. Mas segui todas as orientações médicas e em uma semana perdi 7 kg. Fiz dieta balanceada e depois comecei a treinar. Eu me tornei uma pessoa totalmente diferente, principalmente na mente!

“Tem gente que faz a cirurgia bariátrica e continua com cabeça de obeso. Para conseguir mudar a maneira como via os alimentos, contei com a ajuda de psicólogo e psiquiatra. Também foquei na dieta e no exercício”.

Sem dúvida, ver os resultados surgindo rapidamente, graças à cirurgia, deram um ânimo na autoestima e me fizeram seguir em frente. Uma coisa que me ajudou muito a manter o foco foi refletir sobre tudo que eu passei e não queria que se repetisse na minha vida.

Antes de comer, eu sempre pensava se aquele alimento ou atitude iria me ajudar a ficar no peso que queria ou me afastaria do meu sonho. Eu me Lembrava do quanto tinha sofrido e chorado e do quanto não queria passar por isso novamente. Queria ser exemplo para outras pessoas e esses pensamentos sempre me ajudaram a focar na alimentação e nos treinos.

Logo depois da cirurgia, fiz até promessa: ficar sem chocolate. Eu era viciado no doce chocolate e parte do meu tratamento psiquiátrico foi para resolver essa compulsão. Não podia comer açúcar nos 10 primeiros dias de cirurgia e tinha muito medo de cair na tentação e ter sequelas. No fim, fiquei três anos sem comer chocolate.

Hoje, consumo o alimento com cautela e não preciso mais abrir mão de nada. Se tenho vontade de chocolate, como um pedaço pequeno e me satisfaço. Nada compulsivo como antigamente.

A atividade física também veio para mudar minha vida. Sempre fui sedentário. Às vezes ia para academia, só caminhar ou nadar, mas hoje treino todos os dias. O meu foco para malhar aumentou principalmente do ano passado para cá. Afinal, perdi 70 kg com a cirurgia e fiquei flácido, com uma estrutura óssea fraca… Para minimizar isso, faço musculação e crossfit.

Depois da cirurgia e da mudança no meu estilo de vida, não tenho mais nenhum problema de saúde. Meu objetivo é incentivar e mostrar às pessoas que estão acima do peso ou com algum problema de saúde que elas são capazes de mudar, assim como eu fui.

A obesidade é uma doença e considero diária a minha luta contra ela. Cada dia é uma batalha vencida e eu agradeço a Deus por ter superado mais uma vez.

Fonte: Uol

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