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Covid-19: Piauí estuda quatro vacinas para imunização em massa

As quatro opções de vacina estão em fases finais de testes, e aguardam a liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para distribuição para a população.

O Piauí está preparado para vacinar a população em janeiro contra a Covid-19. Caso o fármaco seja aprovado, o Estado já tem a estrutura e a metodologia para a imunização em massa da população, sendo um dos primeiros do país a concluir o projeto. Os grupos prioritários deverão ser vacinados primeiro, mediante o seguimento dos protocolos. O Estado trabalha com quatro opções em análise: SinoVac, AstraZeneca e Janssen.

As quatro opções de vacina estão em fases finais de testes, e aguardam a liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para distribuição para a população. Parte dos lotes já foram encaminhados pelo Governo Federal.

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O governador Wellington Dias afirma que a população contribuiu com o isolamento social e que não deve ser preciso um novo lockdown no Piauí, mas isso não quer dizer que a população deva relaxar com a higiene e uso da máscara. “Apresentamos durante a live a situação da pandemia no Estado. Por enquanto, não há indicação para lockdown no Piauí. Todas as regiões de saúde estão sendo monitoradas de perto e, havendo qualquer mudança, a população será informada. O Piauí vai adquirir e garantir”, explica.

Ele afirma que a vacina deve ser aprovada logo, e que a distribuição deve começar logo no início de 2021. “Estou animado com a perspectiva de uma vacina aprovada nas próximas semanas. Havendo aprovação, o Piauí estará preparado para a vacinação. O Piauí estará preparado para distribuir assim que houver a vacina”, acrescenta o governador.

O médico José Noronha, coordenador do comitê emergencial Covid-19, explica que o plano foi elaborado a partir das informações preliminares divulgadas sobre as vacinas, que estão em fase de testes. O planejamento deve sofrer alterações ao longo da distribuição. “O Piauí foi um dos primeiros estados brasileiros a fazer um plano de ação para obter um planejamento estadual de vacinação em consonância com o Plano Nacional de Imunização. Estamos nos preparando para garantir toda a segurança na recepção e distribuição dessas doses, assim que for possível e seguro”, revela.

Todos os piauienses devem ser vacinados

A SinoVac é a vacina mais adiantada no processo, mas todos os fármacos em testes estão sendo acompanhados pelas autoridades. O Governo do Piauí garante que toda a população será vacinada. “Vamos ter vacinação em todos os 224 municípios. O Piauí, mais uma vez em todo esse enfrentamento, vem fazendo sua parte e respondendo com agilidade as necessidades da população. Embora o Governo Federal esteja ouvindo todos os estados e entidades, o Piauí, por determinação do Governador, está debruçado sobre a própria realidade, transportes e saúde. Então traçamos um plano estratégico”, aponta Florentino Neto, secretário de Estado da Saúde.

O plano busca adiantar o processo de imunização. “Esse plano leva em consideração toda a realidade do Piauí. No primeiro momento, teremos públicos prioritários, como pessoas com comorbidades, acima de 80 anos e profissionais de saúde. Mas todos devem ser vacinados, toda a população será nosso compromisso”, acrescenta.Todos os municípios devem ser preparados para o processo de vacinação. “Queremos esquematizar a situação de cada uma das vacinas, como o estado de testagem e aprovação perante os órgãos reguladores. Nós desafiamos o monitoramento e orçamento, além da realização da campanha. Acredito que essa será a mais importante e abrangente do sistema de saúde nacional”, considera o secretário.

260 mil pessoas terão prioridade

Serão 260.076 piauienses com prioridade de vacinação, sendo 62.066 profissionais da saúde, 131.085 com comorbidades e 66.925 com mais de 80 anos. “Precisamos saber que as vacinas são seguras para crianças, adultos e idosos. Tudo isso é avaliado. A questão da segurança da administração em diferentes idades e grupos de risco. É preciso que criemos uma barreira para aquelas que não estejam imunizadas no primeiro processo”, considera o médico José Noronha.

A vacinação, no entanto, ainda não tem data definida. “Muitas pessoas têm dúvida sobre quando a vacina vai chegar. A base do processo de saúde é não fazer mal, então antes dela chegar precisamos saber que ela não faz mal. Nosso plano é em conhecimentos que estamos adquirindo. Por mais que o processo da vacina esteja próximo, o plano é preliminar e é limitado ao que sabemos hoje”, revela o médico.

O objetivo da vacinação é contribuir com a imunidade da população, além de criar uma barreira para a propagação com outras doenças. No caso, imunizar as mais expostas e aquelas que possuem diabetes, hipertensão e outras doenças.

Protocolo nacional

No protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde, a vacinação deve ocorrer em quatro etapas no Brasil. A primeira abrange profissionais da saúde, idosos com mais de 75 anos, pessoas com mais de 60 anos em instituições de longa permanência e população indígena. No segundo momento entram idosos de 60 a 74 anos. O terceiro momento prevê a imunização de pessoas com comorbidades. O quarto professores, forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade.

Como está a cobertura vacinal no Piauí?

A vacinação contra a Covid-19 é o sonho de muitas pessoas. No entanto, todo o Estado enfrenta problemas sérios no que diz respeito à cobertura vacinal dos municípios. Teresina, por exemplo, tem um índice de 42,08% de imunização. Luís Correia, no litoral, tem o pior índice do Estado: apenas 1,44%.

Outras cidades, no entanto, dão o exemplo. Cocal dos Alves tem 96,73% de cobertura vacinal. O município de Coivaras também é destaque com 93,13%. No Brasil a média também não é das melhores: 44,88% de taxa de imunização. As informações são da plataforma DataSuS, com levantamento atualizado em 2019.

FONTE: Meio Norte

 

 

 

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