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Fim do período chuvoso e aumento de temperatura marcam temporada de potós no Piauí

Inseto pode causar queimaduras de até terceiro grau na pele humana. Dermatologista alerta para uso de medicamentos caseiros.

Potó aparece nos meses mais quentes do ano — Foto: Josiel Martins/G1

O fim do período chuvoso no Piauí e início dos meses mais quentes marcam a aparição mais frequente de um inseto, já conhecido na região por causar queimaduras de até terceiro grau na pele humana: “o potó”. Com o nome científico paederus irritans, o animal tem aparência de uma formiga, mas é da família dos besouros.

O dermatologista Lauro Rodolfo explicou que, ao contrário do que se pensa, não é a urina do potó que causa as queimaduras. Na verdade, ele libera uma secreção tóxica que provoca a queimadura quando entra em contato com a pele.

“O potó, na realidade, libera uma substância chamada pederina, que é uma substância extremamente cáustica e agressiva para a pele. Quando ela entra em contato causa uma intensa inflamação com erupção e dependendo do local, a irritação pode ser muito intensa”, explicou.

Período do ano é marcado pelo aumento no número de potós e cuidados devem ser tomados

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Segundo o dermatologista, a toxina que esse inseto libera é um mecanismo de defesa e ela é liberada quando o bichinho se sente ameaçado. O especialista adverte ainda que, dependendo da quantidade de secreção, da pele e da região do corpo, a vítima do potó pode desenvolver queimaduras de diferentes graus. O certo é evitar remédios caseiros e procurar ajuda médica.

“A gente vê com frequência as pessoas usando aqueles cremes de fraldas, pasta de dente e isso, às vezes, acaba piorando a inflamação do local. A recomendação é lavar bem e procurar um médico para indicar o melhor remédio a ser utilizado. Geralmente a gente utiliza medicamentos a base de corticoides, que eles vão amenizar aquela inflamação e se notarmos que tem alguma infecção secundária como bactérias ou fungos, passamos outros medicamentos associados a esse corticoide”, explicou o dermatologista.

Queimadura de potó  — Foto: Arquivo pessoal

Queimadura de potó — Foto: Arquivo pessoal

Nesse período muitas pessoas procuram ajuda de profissionais para se prevenir da visita dos temidos potós. A dedetizadora onde Bruno Nogueira é diretor aumenta em 70% a demanda pelo serviço.

“Nós priorizamos tratar as superfícies, que são os locais que os potós transitam. Eles vão passar pelas paredes, pelo teto, ali se aproximando da lâmpada. A gente também trata todo o perímetro externo da estrutura, seja residência ou empresa, porque os potós vem de fora para dentro”, contou.

FONTE: G1 PI

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