Hoje é 8 de março, o Dia Internacional da Mulher. Uma data que representa a luta histórica por igualdade. Inicialmente, a data representava a luta por igualdade salarial, no entanto hoje representa muito mais que isso, uma luta também contra a violência, preconceito e machismo.
Mulher de negócios, estudante, mãe, filha, esposa, amiga e tudo o quanto ela escolheu ser. Mulher que é uma vida capaz de carregar outra vida dentro de si. Mulher que é um coração com grandeza de um universo. Mulheres que batalham por um mundo de igualdade e que lutam contra toda forma de preconceito.
As mulheres vêm conquistando cada vez mais seu espaço nos meios econômico, político e social. Um espaço que sempre deveria ter sido delas, mas que a sociedade impediu ao longo dos anos. É até difícil imaginar que no passado elas não podiam votar, cursar faculdade e até pedirem divórcio.
De acordo com o IBGE, elas ganham em média 20,5% menos que os homens para realizar as mesmas tarefas e funções. Além disso, estima-se que metade das mulheres perdem seu emprego ao retornarem da licença-maternidade (por demissão a pedido ou pelo empregador). É mais difícil ainda saber que há aqueles que defendem que elas devem ganhar menos por serem mulheres.
Alguns dados podem mostrar que o Brasil vai muito mal quando a questão é igualdade de gênero. Talvez o que mais representa isso são os dados da participação feminina na política. De acordo com dados da Inter-Parliamentary Union (associação dos legislativos nacionais de todo o mundo) pouco mais de 10% dos deputados federais são mulheres. Isso coloca o Brasil em 154º lugar entre 193 países do ranking.
Os três poderes da república brasileira têm muito a trabalhar para concretizar a igualdade já prevista da Constituição Federal, objeto de tanta luta ao longo dos anos.
Houve uma evolução, é notável. Estamos caminhando para uma igualdade de condições entre homens e mulheres, porém caminhamos a passos lentos. Não sabemos quando chegaremos lá.
O Dia Internacional da Mulher é, portanto, um convite de reflexão sobre como a sociedade tem tratado as mulheres. Sobre como as políticas públicas têm assistido os seus direitos e sobre como todos nós temos respeitado o espaço delas. É um momento de pensarmos em uma sociedade justa e sem desigualdade de gênero.
Por Daniel Gomes
Bacharelando em Administração pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), funcionário público. Entusiasta de questões ambientais, participa de projetos do Núcleo de Economia Circular, Inovação e Sustentabilidade (NECIS) em Petrolina-PE
