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Julho de 2023 deverá ser o mês mais quente da história, afirma a Nasa

Observações meteorológicas da agência americana apontam para “mudanças sem precedentes no mundo todo”

Julho de 2023 deverá ser o mês mais quente da história, afirma a Nasa | Pixabay

De acordo com Gavin Schmidt, climatologista-chefe da NASA, o mês de julho de 2023 está projetado para se tornar o mais quente em “centenas, senão milhares, de anos”. Além disso, a agência espacial americana prevê que as temperaturas continuarão a subir em 2024, alcançando níveis ainda mais elevados. O alerta é mais um indicativo preocupante do contínuo aquecimento global e seus impactos no clima. 

Nas últimas semanas, ferramentas de medição da União Europeia (UE) e da Universidade do Maine, nos Estados Unidos, têm utilizado uma combinação de dados provenientes de satélites, aviões, drones e navios para gerar estimativas preliminares. Essas estimativas têm revelado recordes diários de calor, ressaltando a intensidade das condições climáticas extremas.

“Estamos vendo mudanças sem precedentes no mundo todo. As ondas de calor que vemos nos EUA, na Europa e na China estão quebrando recordes”, disse Schmidt em coletiva de imprensa em Washington para divulgar um resumo das últimas observações meteorológicas da Nasa.

O climatologista destacou que, embora as estimativas possam apresentar algumas diferenças entre si, a tendência de calor extremo é evidente e provavelmente será corroborada nos relatórios mensais mais detalhados a serem emitidos pelas agências dos EUA. A crescente incidência de altas temperaturas é um indicador preocupante do cenário climático atual. 

Schmidt salientou ainda que os efeitos não podem ser atribuídos apenas ao fenômeno climático El Niño, que, “na verdade, acaba de começar”. O climatologista alertou sobre a possível continuidade da tendência de aumento das temperaturas, principalmente devido ao contínuo lançamento de gases de efeito estufa na atmosfera. Essa preocupação ressalta a importância de ações urgentes e efetivas para mitigar as mudanças climáticas e seus impactos potencialmente devastadores.

Os fenômenos climáticos em curso aumentam consideravelmente a probabilidade de 2023 ser o ano mais quente já registrado. De acordo com os cálculos de Schmidt, a chance de esse cenário ocorrer é estimada em 50%. No entanto, é importante notar que outros cientistas sustentam estimativas ainda mais alarmantes, chegando a falar em uma probabilidade de 80%.

(Com informações da Deutsche Welle)

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