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Os pedidos de impeachment de Bolsonaro aumentaram durante Pandemia

Maioria foi protocolada no início da pandemia.

As falhas do Governo Federal no combate à covid-19 fizeram explodir os pedidos de impeachment contra o Presidente Jair Bolsonaro atualmente sem partido.

Desde o início de seu mandato em 2019, 61 pedidos foram protocolados na Câmara dos Deputados, apenas 7 pedidos são anteriores a março do ano passado, quando teve início a pandemia.

A crise sanitária nacional e a falta de oxigênio que provocou a morte de pacientes no Amazonas e no Pará são base também para uma nova denúncia coletiva que, pela primeira vez, une cinco partidos de oposição (PT, PDT, PSB, Rede e PCdoB) e deve ser protocolada até o fim da semana.

Presidente Jair Bolsonaro

Há 56 pedidos de impeachment parados sob responsabilidade da presidência da Câmara, a quem cabe submeter as denúncias ou não à análise dos deputados. Outros 5 foram arquivados por questões formais, como a falta de assinaturas.

Embora tenha evitado analisar as denúncias e esteja prestes a encerrar seu mandato à frente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse no início da semana que será “inevitável” discutir o impeachment de Bolsonaro “no futuro”.

Do total de 56 pedidos ativos de impeachment, 10 foram protocolados em maio do ano passado, 13 em abril e 14 em março. Ao menos 26 das denúncias contra o chefe do Executivo citam sua participação em manifestações antidemocráticas, em atos e falas contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal; 21 pedidos tratam diretamente de ações do presidente no combate à covid-19.

Entre os 21 pedidos que tratam da pandemia, os motivos citados incluem a interferência de Bolsonaro em ações de distanciamento social promovidas por Estados e municípios, a promoção de medicamentos sem eficácia comprovada contra a covid-19 e a participação em aglomerações sem máscara.

Movimentos de esquerda e de direita e representantes da sociedade civil convocaram para sábado e domingo (23 e 24) atos pró-impeachment do presidente Jair Bolsonaro em ao menos oito capitais. Os protestos ganharam a adesão de organizações que estiveram em lados opostos durante o impeachment da presidente Dilma Rousseff, como a Frente Povo Sem Medo e o Movimento Brasil Livre (MBL). Apesar da pauta conjunta, os protestos serão em dias separados.

Fonte: Estadão Conteúdo

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