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Homofobia matou 42 no Piauí em cinco anos

De acordo com os dados mais recentes do Grupo Gay da Bahia (GGB), entidade que quantifica o número de LGBT assassinados no Brasil, de 2012 a 2016 foram 42 homens, mulheres e transsexuais mortos no Piauí. Os dados de 2017 ainda não foram fechados, mas 2018 já há registro do primeiro crime homofóbico no Estado: o assassinato de Walteres Peixoto, de 33 anos, morto por espancamento em Piripiri.

O estudo aponta que o ano de 2012 foi o mais violento: 15 homossexuais foram mortos. O menos violento foi 2015, que não apresentou registros. No entanto, de acordo com Marinalva Santana, do Grupo Matizes, os dados são subnotificados. “Muitos gays são mortos no Brasil e a mídia trata como latrocínio, assassinato. Não por homofobia”, dispara.

Piauí já registra o primeiro crime homofóbico de 2018 (Crédito: Raíssa Morais)

Marinalva reforça que matar alguém pelo simples fato da pessoa ser LGBT tem raízes na cultura patriarcal, calcada em uma perspectiva falocêntrica e de valorização do “homem-macho”. “A homofobia tem raízes no machismo e na intolerância. É a incapacidade de certas pessoas de não conviverem com diferenças”, acrescenta a militante LGBT.

São necessárias políticas públicas eficazes. “O Estado tem que alcançar as pessoas LGBT em áreas de saúde, educação e segurança. Essas pessoas não podem ficar vulneráveis a assassinatos e outros tipos de violência pela orientação sexual e identidade de gênero”, desabafa Marinalva Santana.

Medidas punitivas também devem ser efetivas. “Ainda há muita impunidade. São necessárias ações educativas preventivas que façam a sociedade acordar para o tema, que é grave no Brasil. Todo LGBT merece respeito”, finaliza.

Dado nacional

O relatório apresenta também o número geral nacional. Ao todo, 343 LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) foram assassinados no Brasil em 2016. Acesse o estudo completo no site do GGB.

FONTE: meio Norte

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