O Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TER-PI) incluiu na pauta desta segunda-feira (28/09) o julgamento de uma representação contra os ex-governadores Wilson Martins (PSB) e Zé Filho (PMDB). A ação foi impetrada pelo PSDB, em 2011, após a disputa eleitoral de 2010, quando o ex-prefeito Sílvio Mendes (PSDB) foi candidato ao governo do Estado e adversário direto de Wilson na disputa.
Na época, Zé Filho era vice na chapa encabeçada por Wilson Martins. Durante toda a campanha eleitoral a coligação encabeçada por Silvio ajuizou diversas ações com pedidos de cassação dos mandatos de Wilson e Zé Filho.
Passado o período de disputas eleitorais, Sílvio, Wilson e Zé Filho se reaproximaram. Em 2014, o tucano foi candidato a vice-governador na chapa de Zé Filho que foi derrotado pelo petista Wellington Dias. Com a reaproximação Silvio Mendes e o PSDB retiraram a representação contra os ex-adversários, mas o Ministério Público Eleitoral assumiu a ação.
IRREGULARIDADES
No processo, Wilson Martins e Zé Filho são acusados de arrecadação e gastos ilícitos de campanha. De acordo com a denúncia, Wilson Martins teria repassado mais de R$ 500 mil para a Fundação Francisca Clarinda Lopes. O MPE apura que a Fundação seria responsável por ações de aliciamento de eleitores. Na véspera do segundo turno da eleição de 2010, ocorreu a prisão de quatro pessoas por corrupção eleitoral que seriam ligadas a ONG.
O procurado Kelton Lages afirma que as acusações são graves e as provas evidentes. Segundo ele, o MPF não poderia fechar os olhos para a situação mesmo com a decisão do PSDB de retirar a representação. “É preciso continuar com a ação”, declarou.
Como Wilson e Zé Filho já deixaram o poder, o processo de cassação de diploma não é mais possível. Caso sejam condenados, os dois deverão pagar multa.
FONTE: O Olho
