DestaqueEconomia

Alta no preço do feijão e do arroz surpreende consumidores

Os preços do arroz e do feijão cresceram em tempo recorde. De 2015 para cá, os valores dos produtos dispararam e adquiri-los está custando cada vez mais caro. Segundo uma pesquisa realizada pela auditoria de varejo da GfK – que coleta preços em pequenos e médios supermercados instalados em 21 regiões do país, entre capitais e cidades do interior , só o feijão subiu 28% até maio de 2016. No mesmo levantamento consta que o arroz aumentou cerca de 5%.

Rita Sousa, permissionária da Central de Abastecimento do Piauí – Ceapi, conta que quando o preço do feijão chegou a R$ 7, ela teve que parar de trabalhar. “Chegou um momento em que o feijão atingiu o preço de sete, oito reais e os clientes reclamaram muito. Ano passado, teve uns meses em que eu não trabalhei”, explica.

De acordo com o IBGE, que mede a variação nas capitais, o preço do feijão subiu 33,49% no ano até maio e 41,62% em 12 meses. O economista Ricardo Allagio explica que o aumento do preço não é novidade, e que ocorre desde 2015. “Ano passado, determinados produtos tiveram um aumento por conta da alta dólar, que subiu cerca de 50% durante 2015. Isso prejudicou muito a produção dos produtos agrícolas”. Fatores climáticos também levaram a uma quebra da safra nas principais regiões produtoras do País e fez o produto ficar escasso no mercado.

Ricardo conta que esse ano haverá uma queda na produção nacional. “Pela primeira vez nós teremos uma queda geral na produção agrícola. O feijão não é como um automóvel, que quando começa a vender menos se diminui a quantidade a ser produzido. O feijão, uma vez que é colhida uma safra, não há como colher outra”, esclarece.

Mas já existe uma alta de preço do arroz no varejo encomendada. É que a cotação do saco de 50 kg do arroz tipo 1, em casca, atingiu R$ 44,52 na sexta-feira, o maior valor registrado no Rio Grande do Sul em quase 20 anos, segundo o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). E parte do repasse acaba sendo inevitável, principalmente, porque ser um alimento básico.

Pressionados por problemas climáticos, os preços do prato típico do brasileiro subiram. os problemas climáticos, por causa do fenômeno El Niño, que afetaram a safra do Rio Grande do Sul, o maior produtor do País, também prejudicaram a as lavouras de Uruguai e da Argentina. Neste ano, o Rio Grande do Sul colheu 7,4 milhões de toneladas, com uma quebra de 16% em relação à safra passada.

“Quando a safra é pequena, não é suficiente para atender a demandar é necessário aumentar o aumentar o valor, um preço que seja maior do que a da produção. Esse momento, especialmente é um problema climático, que afetou a safra de arroz do Rio Grande Sul. E o Paraná, que é o maior produtor de feijão foi prejudicado pelas fortes chuvas.”, comenta Ricardo.

Ricardo Allagio disse que há não possibilidade do preços desses produtos aumentar mais. “Estamos diante de um problema sazonal, que deve ser concertado mais a frente, porém este ano não tem mais solução. O preço tende a permanecer alto, mas não vai subir, a não ser que o país importe. Há rumores de que o Brasil quer importar feijão preto da China”, conclui o economista.

FONTE: Portal O Dia

Comentários

Artigos relacionados

Fechar