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Caminhoneiros anunciam greve e alertam para risco de desabastecimento

Representantes dos caminhoneiros alertam para um possível desabastecimento de combustíveis por conta de cortes da Petrobras às distribuidoras

Entidades representantes dos caminhoneiros alertam para um possível desabastecimento de combustíveis por conta de cortes da Petrobras às distribuidoras. Segundo o colunista Chico Alves, um comunicado encaminhado no sábado (15) pela Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Autônomos (Abrava) informa aos motoristas que a diminuição da oferta nos postos fará os autônomos “sofrerem bastante”.

Se a redução do fornecimento continuar, o diesel pode precisar ser importado, “o que gerará um acréscimo no valor do litro próximo a R$ 0,60 (sessenta centavos) graças à política de paridade internacional de preço dos combustíveis que a Petrobras segue”, diz o texto.

Caminhoneiros falam em desabastecimento (Foto: Fernanda Capelli)Caminhoneiros falam em desabastecimento (Foto: Fernanda Capelli)

O Chorão, Wallace Landim, presidente da Abrava (Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores) disse que o desabastecimento é “mais um motivo” para aderir à greve.

O diretor da CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística), Carlos Alberto Litti Dahmer, culpa a Petrobras não só pelo repasse aos consumidores, mas também por não usar a capacidade de suas refinarias.

“Temos uma refinaria vendida, na Bahia, e as outras sete refinando apenas 40% da sua capacidade. Então é preciso buscar isso fora, enquanto poderíamos ser praticamente autossuficientes”, acredita Dahmer. “É um crime o que vem sendo feito pelos governos nessa área”.

Segundo Chico Alves, Plinio Dias, presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), sugere uma solução simples para o problema. “O governo tem é que botar as refinarias a todo vapor que não vai faltar”, acredita. “Por qual motivo antes de 2017 a gente era autossuficiente em combustível e agora não é mais? Acabou a Petrobras?”.

Greve

Neste domingo (17), os  caminhoneiros prometeram greve de no mínimo 15 dias a partir do dia 1º de novembro , no entanto, graças à baixa adesão da última tentativa, após o feriado de Sete de Setembro, o governo  não está acreditando na promessa dessa vez, informa o Estadão.

Ainda assim, a categoria promete entregar uma lista de reivindicações para o governo nesta segunda-feira (18).

Entre elas estão:

Redução do preço do diesel e revisão da política de preços da Petrobras, conhecida como Preço de Paridade de Importação (PPI);

Constitucionalidade do Piso Mínimo de Frete;

Retorno da Aposentadoria Especial com 25 anos de contribuição ao INSS e a inclusão do desconto do INSS pago pelo caminhoneiro (PL2574/2021) na Lei do Documento de Transporte Eletrônico;

Aprovação do novo Marco Regulatório do Transporte Rodoviário de Cargas (PLC 75/2018);

Aperfeiçoamentos na proposta do Voto em trânsito no Senado.

Melhoria e criação de Pontos de Parada e Descanso (Lei 13.103/2015) entre outras medidas.

FONTE: Meio Norte

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