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Picos tem aumento de 12% nos casos de hanseníase em 2021

Segundo o coordenador, em 2021 foi notado um aumento de 12% em relação ao ano de 2020. Ele comentou ainda que durante a pandemia houve uma subnotificação da doença no município.

Coordenador de Controle à Hanseníase em Picos, Gilberto Valentim (Foto: Daniela Meneses)

O município de Picos registrou um aumento significativo no número de casos de hanseníase em 2021. A informação é do gestor da Coordenadoria de Controle à Hanseníase de Picos, Gilberto Valentim.

Segundo o coordenador, em 2021 foi notado um aumento de 12% em relação ao ano de 2020. Ele comentou ainda que durante a pandemia houve uma subnotificação da doença no município.

“Surpreendentemente no ano passado nós tivemos um aumento no número de casos. Nós tínhamos observado um declínio da hanseníase a partir de 2016, quando foi em 2020, por causa da pandemia, teve uma queda bastante significativa, em torno de 50% no número de casos. Isso parece uma coisa boa, mas de fato não é, porque a pandemia impediu que a gente saísse para buscar os casos suspeitos. Em 2020 nós tivemos 56 casos e em 2021, nós tivemos 64 casos, então nós tivemos aí um incremento de 12%”, explicou.

Dos casos descobertos no último ano, segundo Valentim, 75% são na forma transmissível da doença. Ele apontou ainda que os dados podem ser ainda maiores devido à impossibilidade de realizar diagnósticos na fase inicial da doença, que passa por um período de incubação até ser detectada.

“O que nos preocupa ainda é a demanda reprimida que vai ficar desses dois anos, 2020, 2021, e ainda 2022, 2024, e os anos subsequentes, porque o período de incubação da hanseníase é muito longo, varia de sete meses a dez anos, então imagine quantos casos ainda estão esperando para sair para a busca do diagnóstico, e quanto tempo a gente ainda vai levar para fazer campanhas específicas, fazer controle de contato, fazer visitas domiciliares, porque ainda não é permitido. Então a gente está tentando buscar estratégias novas para que a gente possa atingir esse público que ainda não está saindo de casa para fazer os serviços específicos de saúde”, destacou.

Sintomas

Gilberto Valentim fala que as pessoas, muitas vezes, confundem manchas ou sinais da hanseníase com outras lesões de pele. Os sintomas incluem manchas claras ou vermelhas na pele com diminuição da sensibilidade, dormência e fraqueza nas mãos e nos pés.

“A gente precisa chamar a atenção para as lesões de pele. A hanseníase é, de fato, uma doença crônica provocada por uma bactéria, bacilo de Hansen, que tem manifestação cutânea, mas também, manifestação neural, então não é só mancha de pele, a principal característica é a alteração da sensibilidade, e as pessoas confundem com dermatite, dermatose e outras lesões de pele. Nós podemos observar a hanseníase em manchas que têm rarefação de pelos, alteração na sensibilidade e ressecamento de pele. Se você tem uma mancha que tem ressecamento na pele, que está caindo o pelo, que está alterada a sensibilidade, não precisa ser totalmente dormente, procure o serviço de saúde para ser examinado”, alertou.

Janeiro roxo

A última semana do mês de janeiro é proclamada pela OMS como a semana de combate à hanseníase. A campanha “Janeiro Roxo” promove conscientização sobre a hanseníase. Doença milenar, crônica e curável, mas ainda cercada de mitos, estigmas e preconceitos, a hanseníase tem em janeiro um mês dedicado à atenção para o tema e ao esclarecimento sobre sintomas, prevenção e tratamento.

Gilberto Valentim informou que no município, a equipe do PAM (Posto de Assistência Médica) está articulando para o dia 26 de janeiro, uma panfletagem, através de uma blitz educativa, cujo objetivo é alertar a população sobre a doença. A ação acontecerá no trecho que se estende do balão do bairro Bomba à Igrejinha do Sagrado Coração de Jesus.

O tema da campanha deste ano, lançado pelo Ministério da Saúde, é: “Nã

FONTE: Grande Picos

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