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“Nada e ninguém vai interferir na Justiça Eleitoral”, diz Fachin

Presidente do TSE afirmou ainda que "quem põe em dúvida o processo eleitoral brasileiro é porque não confia na democracia"

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Edson Fachin, participou nesta quinta-feira (12) de evento para teste de urnas eletrônicas, no prédio do tribunal e falou a repórteres na saída.

“Nada e ninguém vai interferir na Justiça Eleitoral”, destacou.

O ministro afirmou ainda que o processo eleitoral é seguro: “No Brasil de hoje, quem põe em dúvida o processo eleitoral é porque não confia na democracia”, afirmou.

Perguntado se era um recado ao presidente Jair Bolsonaro, Fachin negou.

“Não mando e não recebo recado de ninguém, a afirmação é muito nítida no sentido de que a democracia no Brasil é uma condição eleita pela Constituição, portanto quem investe contra a o processo eleitoral descrito na Constituição investe contra ela e contra a democracia”, afirmou.

O presidente do TSE garantiu ainda que o país terá “eleições limpas e seguras, não admitiremos qualquer circunstância que obste a manifestação da vontade soberana do povo.”

Fachin lembrou ainda que “uma geração deu a vida por 21 anos para que pudéssemos a partir de 1988 exercer o direito de escolha, cada um conforme sua visão”, citando o período da ditadura civil-militar no país.

“Quem vai ganhar a eleição de 2022 no Brasil é a democracia”, afirmou.

Relação com as Forças Armadas

Fachin também foi perguntado sobre a relação tensa das últimas semanas do TSE com as Forças Armadas:

“Desde a redemocratização as FFAA iniciaram e aprofundaram uma prestação de serviço extremamente relevante para a realização das eleições, chegando a comunidades isoladas, portanto essa logística capilarizada é um serviço importante que continuará sendo prestado em 2022”, disse.

Mas destacou: “quem trata das eleições são forças desarmadas e portanto as eleições dizem respeito à população civil que de maneira livre e consciente escolhe seus representantes.”

Membros das Forças Armadas participantes do Comitê de Transparência não estiveram presentes no teste realizado nesta quinta, apesar do convite ter sido feito.

“Todos os integrantes do importante Comitê e do Observatório Eleitoral, quase 80 pessoas, foram convidados e todos são bem-vindos neste e em todos os outros processos, mas a deliberação de estar presente é facultativa”, afirmou. O ministro aproveitou para destacar que não existe “sala escura no TSE”, em referência a uma acusação das Forças Armadas.

“Esta sala tem autoridades técnicas no sistema, que como veem é uma sala aberta, bastante luminosa, não há nenhuma escuridão, é uma sala franqueada a todos os interessados e todos foram convidados a aqui estar presente e continuam sendo convidados”, afirmou.

“A Justiça Eleitoral está aberta a ouvir, mas jamais estará aberta a se dobrar a quem quer que tente tomar as rédeas do processo eleitoral”, concluiu.

Fontes militares revelaram à CNN que as Forças Armadas avaliam deixar o Comitê de Transparência Eleitoral após a tensão entre as instituições aumentarem.

Bolsonaro e a confiabilidade das Eleições

O presidente Jair Bolsonaro nas últimas semanas voltou a questionar a segurança das urnas eletrônicas e o processo eleitoral. Em cinco de maio, ele anunciou que seu partido vai contratar uma auditoria externa ao processo eleitoral.

“Essa empresa que faz auditoria no mundo todo, empresa de ponta, pode chegar à conclusão que, dada a documentação que se tem na mão, dado ao que já foi feito, ela pode falar que não foi auditável”, afirmou.

Em outra declaração, o presidente da República afirmou que “não teme resultado de eleições limpas”, em questionamento às pesquisas que apontam o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) como líder na intenção de votos.

“A maneira como fui recebido aqui, como em qualquer outro lugar do Brasil, é a verdadeira pesquisa popular”, disse durante evento em Maringá, no Paraná.

FONTE: CNN Brasil

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