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Mais da metade dos piauienses não tomou a dose de reforço contra Covid-19

O número representa uma desaceleração na vacinação, uma vez que 3.070.684 pessoas receberam a primeira dose e 2.795.748 a segunda dose.

FOTO: Reprodução

Mais da metade dos piauienses não tomou a dose de reforço contra a Covid-19. Embora o estado se destaque positivamente na cobertura vacinal no país, apenas 1.602.099 de pessoas receberam a terceira dose da vacina, totalizando 48,71% da população.

O número representa uma desaceleração na vacinação, uma vez que 3.070.684 receberam a 1ª dose e 2.795.748 a 2ª dose. Os dados foram publicados pelo Boletim Observatório Covid-19 da Fiocruz, relativo às semanas epidemiológicas 18 e 19, de 1º a 14 de maio.

Para o pesquisador do Observatório, Raphael Guimarães, a estagnação das curvas de 1ª e 2ª doses, mais a tendência de desaceleração um pouco discreta da 3ª dose em relação às anteriores, pode ser um indicativo de algum problema. Ele contou ainda que essa ausência na procura pode afetar o grau de proteção.

“Esse fato talvez venha de uma visão um pouco distorcida de que, por se tratar de uma dose de reforço, ela seria menos importante que as outras duas, o que não é verdade. Temos comprovação relativamente consensual de que, principalmente em função da variante ômicron, a aplicação da 3ª dose seria muito importante para garantir imunidade um pouco mais longeva do que aquela observada somente com as duas primeiras doses ou dose única aplicadas”, explicou.

 

Ele contou que, de acordo com critérios técnicos, a cobertura vacinal é considerada completa com a aplicação das duas primeiras doses ou dose única. Mas, embora o Piauí tenha um dos melhores indicadores de cobertura vacinal no país, o estado está abaixo das recomendações internacionais.

Isso porque é desejado que 90% da população esteja com o esquema vacinal completo e, segundo o Boletim, o Piauí alcançou a marca dos 85%. Raphael Guimarães ainda alerta sobre a necessidade daqueles que tomaram apenas a 1ª dose completarem o esquema vacinal.

“Quem tomou somente uma dose não está coberto do ponto de vista da imunidade. Então, essas pessoas estão tão sujeitas a ter Covid e, eventualmente, desenvolver a forma mais grave, quanto aquelas que não tomaram nenhuma”, ressaltou.

A solução, segundo ele, seria a busca ativa por essas pessoas. “É muito importante que atinjamos as pessoas que nem sequer iniciaram a cobertura vacinal. Isso também representa um problema do ponto de vista da saúde pública, pois são pessoas que não irão espontaneamente à unidade e precisamos traçar estratégias para ir até elas e tentar entender se não se vacinaram, porque resistem à aplicação ou porque não conseguem chegar à unidade de saúde para tomar a sua dose”, concluiu.

FONTE: G1 PI

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