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Conta de luz fica mais cara a partir desta segunda (04), mas queda do ICMS reduz impacto na inflação

O Projeto de Lei que classifica energia elétrica, combustível, transportes e comunicações como itens essenciais entrou em vigor no dia 27 de junho.

A partir desta segunda-feira (04/07), a conta de luz ficará mais cara em São Paulo. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou um reajuste anual de 10,01% para o estado. Já foram aprovados aumentos na energia em outros nove estados. Mas redução do ICMS (Circulação de Mercadorias e Serviços) deve ajudar a frear o impacto do aumento para o consumidor e aliviar a pressão na inflação. As informações são do R7.

    Fernando Frazão/Agência Brasil

O Projeto de Lei que classifica energia elétrica, combustível, transportes e comunicações como itens essenciais entrou em vigor no dia 27 de junho. O texto limita a alíquota ao mínimo cobrado por cada estado, que varia entre 17% e 18%. O objetivo é segurar a inflação que acumula alta de 12,04% nos últimos 12 meses, segundo a prévia para o mês de junho calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Segundo André Braz, economista do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), o reajuste deve chegar ao consumidor como um aumento de 12% em São Paulo.

“Essa alta vem em um período que o governo, ao mesmo tempo, reduz o ICMS. Essa diminuição deve causar uma queda de 9% nas contas de energia, então, um efeito compensa o outro. Isso permite que a conta de energia fique abaixo da inflação média em 2022. Isso mitiga o reajuste e freia um pouco a pressão de custos que a energia depositou na inflação a partir da última crise hídrica, em que foram usadas bandeiras tarifárias muito onerosas”, afirma Braz.

“Ano passado a energia foi um dos principais vetores da inflação. Ela é usada pela indústria e na prestação de serviços. Na medida que encarece, como é um insumo que ninguém consegue abrir mão, acaba favorecendo o espalhamento das pressões inflacionárias”, completa o economista.

Segundo André Braz, economista do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), o reajuste deve chegar ao consumidor como um aumento de 12% em São Paulo.

“Essa alta vem em um período que o governo, ao mesmo tempo, reduz o ICMS. Essa diminuição deve causar uma queda de 9% nas contas de energia, então, um efeito compensa o outro. Isso permite que a conta de energia fique abaixo da inflação média em 2022. Isso mitiga o reajuste e freia um pouco a pressão de custos que a energia depositou na inflação a partir da última crise hídrica, em que foram usadas bandeiras tarifárias muito onerosas”, afirma Braz.

“Ano passado a energia foi um dos principais vetores da inflação. Ela é usada pela indústria e na prestação de serviços. Na medida que encarece, como é um insumo que ninguém consegue abrir mão, acaba favorecendo o espalhamento das pressões inflacionárias”, completa o economista.

Entrou em vigor novas cobranças em quatro estados do Nordeste no dia 22 de abril. No Ceará, o reajuste foi de 23,99%, no Rio Grande do Norte de 19,87%, no Sergipe (Energisa) de 16,46% e na Bahia de 20,73%.

Dois estados do Centro-Oeste também tiveram mudanças na tarifa, que estão em vigor desde o dia 16 abril. No Mato Grosso, o valor subiu 20,36% e, no Mato Grosso do Sul, 16,83%.

Em março, antes do fim da cobrança extra, a CPFL Paulista já tinha passado por um reajuste médio de 13,80%. Assim como no Rio de Janeiro, onde a cobrança da Enel subiu 16,86% e a da Light, 14,68%.

FONTE: 180 Graus

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