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Amigos se reúnem no Piauí para ‘Natalrronada’ com moradores de rua

Moradores de rua ganharam quentinhas com macarronada (Foto: Williams Neves de Sousa)

“Eu quero ajudar”. Assim é conhecido o projeto de 170 voluntários, que distribuem há quatro anos comida para moradores de rua em Teresina. Com a proximidade do Natal e o sentimento de solidariedade, os amigos se reuniram novamente na noite de quinta-feira (21) para uma ceia diferente: a “Natalrronada”, que tem a macarronada como prato principal.
A idealizadora do projeto, Priscilla Medeiros, contou que a ação nasceu timidamente em 2012, quando se questionou como os moradores de rua passavam a ceia de Natal. Com apenas cinco pessoas de sua família, ela montou a primeira Natalrronada.
“Já no primeiro ano sentimos a receptividade das pessoas e vimos que a nossa ação não deveria ser só Natal, mas com mais frequência. Aos poucos amigos e familiares foram se juntando ao grupo e hoje somos 170 voluntários. A nossa ação passou a ser todos os dias, com exceção do sábado, e este atendimento diário ficou conhecido como Consulta do Amor, porque não distribuímos só comida, mas carinho também”, relatou.

Grupo na cozinha do Exército preparando macarronada (Foto: Williams Neves/Arquivo Pessoal)

A preparação para a ceia de macarronada deste ano começou bem cedo, às 8h da quinta-feira em uma cozinha emprestada pelo Exército e produtos doados por outros voluntários. Com a ajuda de várias pessoas, 600 quentinhas foram distribuídas aos moradores de rua nas principais praças do Centro da cidade, além de acompanhantes de pacientes de uma Comunidade Terapêutica.

“Estar com eles é tão gratificante, não é só o alimento material, porque isso é só um pretexto para que estejamos todos juntos. O que muita vezes nós separa dessas pessoas é a nossa casa e o egocentrismo. Através deles conhecemos histórias maravilhosas e iniciamos amizades verdadeiras”, declarou a idealizadora.

Grupo ‘Eu quero Ajudar’ tem mais de 170 voluntários (Foto: Williams Neves de Sousa/Arquivo Pessoal)

Segundo Priscilla, a maioria dos moradores de rua são rejeitados pela família por conta da dependência química. A voluntária destacou que muitas vezes essas pessoas precisam apenas de um conselho ou carinho para mudar de vida. Ela lembrou do caso de uma ex-garota de programa e usuária de drogas, que voltou para a casa e conseguiu um emprego após o atendimento do grupo.

“Este é um trabalho de formiguinha no qual muitos voluntários juntos podem fazer muito. Já conseguimos recuperar algumas pessoas e eu espero que a semente seja plantada em todos os âmbitos. Torço para alcançar outros lugares”, disse emocionada.

Grupo fez entrega de macarronada em praças da capital (Foto: Williams Neves de Sousa/Arquivo Pessoal)

FONTE : G1

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