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Jovens de 19 a 21 anos se passavam por médicos e aplicavam golpes em bancos no Piauí

Operação Prodígio: pai e filho foram presos na ação. Polícia investigou 117 contas abertas em agências piauienses. Prejuízo chega a R$ 18 milhões no Brasil.

grupo criminoso investigado pela Polícia Civil acusado de fraudar transações bancárias em agências piauienses era formado, em uma parte, por jovens entre 19 e 21 anos. Eles se passavam por médicos e engenheiros para conseguir abrir contas nos bancos utilizando dados pessoais falsos. Um deles, um rapaz de apenas 18 anos, foi preso na zona Sul de Teresina. A informação é do delegado Anchieta Nery, diretor de Inteligência da Secretaria de Segurança.

Grupo criminosos fraudou cerca de R$ 18 milhões em todo o Brasil - (Divulgação/Polícia Civil)Divulgação/Polícia Civil

Grupo criminoso fraudou cerca de R$ 18 milhões em todo o Brasil

A organização criminosa, segundo ele, era composta por três núcleos principais: os líderes que operavam o esquema, as pessoas que eram cooptadas para se passar por clientes e abrir as contas nos bancos e o braço financeiro, formado inclusive por empresas fantasmas. Estas empresas eram usadas para lavar o dinheiro conseguido com o esquema angariar os valores usados para movimentar as contas e aumentar os limites de crédito.

Criminosos usavam empresas fantasmas para lavar dinheiro - (Divulgação/Polícia Civil)Divulgação/Polícia Civil

Criminosos usavam empresas fantasmas para lavar dinheiro

“Algumas ações que q quadrilha praticava eram presenciais e outras eram virtuais por meio dos aplicativos dos bancos. Quando o cliente chegava à agência dizendo ser médico ou engenheiro recém-formado e apresentando documentos que comprovavam isso, o banco sentia certa segurança e abria a conta permitindo uma movimentação financeira considerável. As informações que os golpistas davam, no entanto, eram todas falsas. Essas pessoas já iam até as agências na intenção de cometer a fraude”, detalhou o delegado Anchieta Nery.

 - (Divulgação/Polícia Civil)Divulgação/Polícia Civil

Ao todo, foram identificadas e investigados 117 contratos de abertura de conta em bancos no Piauí. A estimativa da polícia é que cada uma delas tenha gerado um prejuízo de até R$ 30 mil às instituições. Em todo o Brasil, a quadrilha fraudou cerca de R$ 18 milhões. Aqui no Piauí, esse montante chega a R$ 6 milhões. A fraude foi detectada em pelo menos 20 estados brasileiros, mas os líderes do grupo foram presos pela polícia piauiense aqui no Estado.

Operação Prodígio

Operação Prodígio foi deflagrada nas primeiras horas da manhã de hoje (05) nas cidades de Floriano, Teresina, Amarante e Nazaré do Piauí. Ao todo, a Polícia Civil cumpre mais de 50 mandados judiciais entre busca e apreensão e prisão temporária. Foram apreendidos veículos de luxo, motos aquáticas, imóveis e feito o sequestro de valores financeiros dos integrantes da quadrilha.

 - (Divulgação/Polícia Civil)Divulgação/Polícia Civil

Todos os bens adquiridos pelos investigados, de acordo com a polícia, eram comprados com o que era conseguido mediante as fraudes como forma de lavar o dinheiro. O delegado Matheus Zanatta, gerente de Operações Especiais da Polícia Civil, deu detalhes de como funcionava o esquema.

“Esses criminosos simulavam uma série de transações bancárias para movimentar a conta de forma que o banco entendesse que aquela renda declarada era legítima. Quando eles atingiam o limite máximo de crédito possível, eles davam um calote no banco não realizando mais qualquer pagamento”, detalhou o delegado.

Veja abaixo o momento em que a polícia chega à residência de um dos alvos da operação

Portal O Dia

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