Em uma semana, quatro pessoas morreram vítimas de descarga elétrica no Piauí, dentre as mortes, duas foram de adolescentes, outras duas de pessoas que faziam instalações em postes e residências sem equipamentos de segurança e nem autorização. Especialistas alertam para os cuidados no contato com a eletricidade.
“Se aquela pessoa não está devidamente equipada e autorizada a intervir na rede, ela está naturalmente exposta a riscos e eles podem causar desde queimaduras graves, inclusive óbito, infelizmente. Com a energia a gente sabe que não se pode brincar A pessoa pode ser presa, também, por tentar intervir sem autorização na rede”, disse Cosme Cesário, diretor de operações técnicas da Cepisa.
Vitório Azevedo, de 16 anos, morreu eletrocutado enquanto andava a cavalo, quando esbarrou em um fio. Outro homem foi encontrado sem vida ao lado de um aparelho de ar-condicionado, dentro de sua residência no bairro Memorare, Zona Norte de Teresina. No último domingo (9), um homem foi morto depois de sofrer uma descarga elétrica e cair de um poste, quando fazia instalações irregulares.
Cuidados fora de casa
São casos distintos envolvendo um único perigo, o choque elétrico. E é preciso que algumas ações preventivas sejam tomadas para que se tenha segurança dentro e fora de casa. Técnicos enfatizam sobre ligações irregulares.
Gerente de Operações do Sistema Elétrico da Cepisa alerta que só pessoas habilitadas podem intervir na rede elétrica. — Foto: Reprodução/ TV Clube
“A gente precisa destacar que só pode intervir na rede elétrica da distribuidora de energia quem é habilitado para tal, quem conhece as regras de seguranças e da parte técnica para executar”, alertou Felipe Vianelli, gerente de Operações do Sistema Elétrico da Cepisa.
Em casos de acidentes inesperados, o técnico falou que é preciso um pouco mais de atenção da população, ao perceber qualquer tipo de fio solto ou caído.
”Se alguém identificar algum cabo no solo, a primeira coisa a ser feita é tentar identificar que tipo de cabo é, tem que ligar imediatamente para a concessionária, porque a ocorrência chega a nossa distribuidora e cai para o nosso centro de operação como grau zero de prioridade. E a pessoa no local, por ajudar para que ninguém chegue perto até a chegada das equipes”, explicou.
Dicas com objetos elétricos dentro de casa
Liquididicador, secador de cabelo, ventilador e até carregador de celular são aparelhos pequenos, mas com um grau de perigo também considerável e que pode levar a consequências maiores. Especialistas relatam que o ato de ligar e desligar o aparelho é o meio mais comum em casos de choques elétricos.
“Os benjamins só devem ser usados para pouco tempo de uso e muito cuidado, só devem usar aqueles com selo do Inmetro. O secador, por exemplo, normalmente as pessoas costumam usar ainda no pós-banho, em um ambiente úmido, que é o banheiro, e ele tem uma alta potência. Então, o risco é muito grande”, explicou o pró-técnico da Cepisa, Gilvan Monteiro.
Primeiros Socorros
Aprenda a socorrer uma pessoa vítima de choque elétrico
O Samu informou que somente este ano, 40 chamadas foram feita em casos de choques elétricos e 20% dos casos envolvem crianças. Profissionais da saúde explicam o que fazer nos primeiros socorros.
“A pessoa vítima de choque elétrico, o ideal é que ela faça uma sequência de eventos para tentar minimizar o problemas que possa aparecer. O primeiro passo é desconectar a pessoa do local onde produziu o choque elétrico, numa casa, por exemplo, deve desligar a chave geral. Se isso no for possível, é preciso que afaste a pessoa da área afetada, mas de forma indiretamente. Nunca tocar em alguém que está sofrendo o choque, deve procurar objetos mal condutores de energia, algum produto emborrachado, pedaço de madeira, claro, náo úmida e nem molhada. Logo em seguida ligar para o 192”, esclareceu José Ivaldo, diretor médico do Samu.
Em caso de demora no atendimento de saúde móvel, profissionais informam que deve ser feito uma sequência de atendimentos, como checar se a vítima está tendo parada cardiorespiratoria e se estiver, imediatamente iniciar compressões torácicas, com a pessoa deita em uma superfície rígida e fazer 100 compressões por minuto ou até a chegada do socorro.
FONTE: G1