Os apicultores da macrorregião de Picos estiveram reunidos na tarde deste ultimo sábado (08), no auditório da assistência social, na cidade de Jaicós. As principais pautas foram o preço do mel, cadastro orgânico, fundação de uma nova cooperativa e, principalmente, o apoio do Governo do estado em relação aos produtores de mel do centro sul piauiense.
De acordo com o Sargento Cândido, que também é apicultor, a reunião aconteceu com o objetivo de explanar a questão do preço que é vendido o mel pelos produtores. “O objetivo é a gente mudar um pouco a politica do comércio do mel, que as empresas então comprando muito barato, onde a gente está tentando se reunir para segurar o mel e negociar todo mundo junto em um lote só. Negociar e pressionar as empresas, subir os preços, pois o preço que esta não paga nem o posto de combustível dos caminhões” frisa o Sargento Cândido.
O encontro reuniu dezenas de apicultores da microrregião de Picos e de uma parte do Pernambuco. Francisco Rodrigues, apicultor da capital do mel, faz uma avaliação da reunião.
“A avaliação que eu faço é positiva, desde quando o grupo de apicultores se manifesta para se reunir significa que está satisfeito com o valor adquirido pelo seu produto. Porém, hoje o mercado está bastante defasado, apicultor hoje paga por um preço muito alto para se produzir um quilo de mel, e o que você paga para produzir é superior de quando você vai vender o produto”, afirma o produtor Francisco Rodrigues.
Ele ainda afirma que o mercado do mel está passando por uma grande crise. “Hoje o mercado quer pagar R$ 4 a R$ 5 reais em um quilo de mel, se você for para a caneta você vai pagar R$ 6 ou R$ 7 reais para produzir este quilo de mel, aí fica inviável para o produtor ter um custo alto para produzir e preço abaixo do custo para você vender. O apicultor hoje está passando por uma crise muito pesada”, diz Francisco Rodrigues.
Segundo os produtores, a partir da reunião as expectativas são as melhores para o ano de 2020. Para o apicultor Enevaldo Antônio da Silva, da cidade de Trindade –PE, a reunião é um momento de debater soluções para melhorar as expectativas da classe. “O intuito da reunião é achar uma solução para que a gente consiga subir um pouco o preço do nosso produto no mercado. Diante de todas essas situações surgem várias alternativas, como criação de cooperativas e formações de grupos para segurar o produto”, finaliza o pernambucano, Enevaldo Antônio da Silva.
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FONTE: Cidades em Foco