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Rejane Dias tentou marcar audiências por vários meses, mas PF não atendeu

Foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão em Teresina e no gabinete da deputada, em Brasília. 

A deputada Federal, Rejane Dias (PT), tentou por vários meses ter uma audiência na Polícia Federal para esclarecer sobre as acusações da operação Topique.

Os e-mails que o portal Cidadeverde.com teve acesso mostram que os advogados da parlamentar estão a cerca de cinco meses tentando marcar uma oitiva para a deputada, mas não obteve nenhuma resposta concreta da Polícia Federal.

Na manhã desta segunda-feira (27), a PF deflagrou a terceira fase da operação e os alvos eram a deputada Rejane Dias e servidores da Secretaria Estadual de Educação (Seduc). Foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão em Teresina e no gabinete da deputada, em Brasília.

Nas mensagens eletrônicas, os advogados mostram que a deputada se coloca à disposição para prestar esclarecimentos, informando inclusive várias datas que poderiam ser utilizadas para uma sessão.

As tentativas iniciaram em fevereiro e seguiram até  julho. Nos e-mails, fica claro que os advogados também fizeram contatos por telefone, mas sem êxito. No dia 19 de fevereiro, um advogado faz referência ao contato telefônico e sugere o dia 12 de março para uma audiência em Brasília. A delegada da PF, Milena Caland, responde no dia seguinte confirmando ciência do pedido e prometendo confirmar a data ou propor uma nova.

No dia 2 de março, 11 dias após o primeiro e-mail, o advogado pergunta novamente se já havia uma confirmação de data e chega a questionar: “temos algum retorno sobre o agendamento da oitiva? permaneço no aguardo”, diz e-mail do advogado da parlamentar.

Com a insistência, a delegada responde que por estar com a caixa de e-mail cheia e não ter visto o novo pedido do advogado, inviabilizando a audiência que estava proposta para aquele dia.

Em um novo e-mail no dia 16 de março, o advogado novamente faz contato sugerindo cinco datas diferentes 17/18/19/24/25 ou 26 de março em que a deputada se coloca à disposição da polícia. Em resposta, a  delegada informa que devido a pandemia do novo coronavírus as audiências estariam suspensas. Insistindo na colaboração, o advogado sugere que a oitiva seja feita por escrito.

Na manhã desta segunda, a parlamentar foi surpreendida com a operação e alega que sempre se colocou à disposição da PF.

O portal Cidadeverde.com pediu um esclarecimento da assessoria da PF e aguarda resposta.

 

FONTE: Cidade Verde

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