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Piauí é o maior produtor de pó de carnaúba do país, diz IBGE

Em 2019 a produção do pó de carnaúba no Piauí aumentou 4,51% em relação ao ano anterior, passando de 10,4 mil toneladas em 2018 para 10,9 mil toneladas em 2019. 

Um total de 10,9 mil toneladas de pó de carnaúba foram produzidas no Piauí em 2019, o que corresponde a 56,4% do volume total do produto no país.  Além do Piauí, apenas Ceará (39,57%), Maranhão (3,17%), Rio Grande do Norte (0,81%) e Paraíba (0,09%) tiveram produção do pó de carnaúba em 2019, totalizando 19,4 mil toneladas do produto. A pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS) 2019, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela ainda que o Piauí gerou R$ 130 milhões com a venda do pó de carnaúba em 2019.

Em 2019 a produção do pó de carnaúba no Piauí aumentou 4,51% em relação ao ano anterior, passando de 10,4 mil toneladas em 2018 para 10,9 mil toneladas em 2019.

Na  série histórica de 2009 a 2019, a produção no Piauí caiu 10,57%, uma redução de 1,2 mil toneladas, enquanto a produção do Ceará, segundo maior produtor do país, aumentou em 40,11%, uma elevação de 2,2 mil toneladas no período. Em 2009 a produção do pó de carnaúba no Piauí representava 67% do total do país, tendo caído para 56,4% em 2019, enquanto o Ceará passou de 30% para 39,57% no mesmo período.

Apesar de o Piauí ser o principal estado produtor, o município com maior volume e valor de produção é Granja, no Ceará. A cidade cearense produziu 1.600 toneladas do pó de carnaúba, no valor de R$ 17 milhões. O primeiro município piauiense a aparecer na lista é Piracuruca, que é o quarto maior em volume de produção (552 toneladas) e o terceiro maior em valor de venda (R$ 6,5 milhões). Entre os dez maiores produtores, encontram-se mais quatro municípios piauienses: Piripiri, Campo Maior, Castelo do Piauí e Nossa Senhora de Nazaré.

Quanto ao total produzido no país, houve crescimento de 8,5% na quantidade, passando de 17,9 mil toneladas em 2018 para 19,4 mil toneladas em 2019. Também houve aumento de 15,8% no valor gerado, de R$ 189 milhões em 2018, o número alcançou R$ 219 milhões em 2019.

Em 2019, o Piauí produziu 84 mil metros cúbicos de madeira em tora destinada à fabricação de papel e celulose. A produção ocorre após um hiato de 16 anos sem a geração do produto no estado: a última vez havia sido em 2003, quando foram registrados 27 mil metros cúbicos do material.

A informação é da pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS) 2019, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Toda a madeira em tora para papel e celulose produzida no Piauí, em 2019, é proveniente do eucalipto e tem origem no município de Regeneração. A venda do material gerou R$ 4,3 milhões de reais em 2019. Esse valor equivale a 62,2% do total (R$ 6,9 milhões) gerado pela silvicultura – processo de exploração de florestas plantadas com fins comerciais – no estado.

Até 2018, a lenha de eucalipto era responsável por praticamente 100% do valor da produção da silvicultura no Piauí. O material perdeu espaço com o retorno da fabricação de madeira em tora para papel e celulose, tendo gerado apenas R$ 2,6 milhões em 2019, o equivalente a 37,8% do valor total gerado pela silvicultura piauiense. Entre 2018 e 2019, houve queda de 65,4% na quantidade de lenha de eucalipto produzida no estado, passando de 175 mil metros cúbicos em 2018 para apenas 60 mil em 2019.

Enquanto houve retomada na produção de madeira em tora para papel e celulose no Piauí, no Brasil o movimento é de retração. O país teve queda de 15,1% na produção do material, quando comparado ao volume obtido em 2018. É a primeira queda que o Brasil tem na quantidade produzida de madeira para papel e celulose desde 2013.

Além da madeira para papel e celulose e da lenha de eucalipto, o Piauí produziu 35 metros cúbicos de madeira em tora para outras finalidades em 2019. O município de Piripiri foi o responsável pela totalidade da produção desse material, que gerou a quantia de R$ 2 mil, o equivalente a 0,03% do valor total (R$ 6,9 milhões) da silvicultura piauiense em 2019.

O  Brasil, que teve aumento de 1,2% na área da silvicultura entre 2018 e 2019, o Piauí teve queda de 5,3% no período. O estado tinha 34,2 mil hectares de área destinada à silvicultura em 2018, número que caiu para 32,4 mil hectares em 2019. Já o Brasil tinha 9,8 milhões de hectares em 2018, subindo para 9,9 milhões de hectares.

No Piauí, toda a área da silvicultura é destinada ao cultivo do eucalipto.

Vinte e seis municípios piauienses tiveram área dedicada à silvicultura em 2019. No entanto, apenas seis deles concentram 73,1% do total da área: Elesbão Veloso (6,7 mil hectares), Passagem Franca do Piauí (3,8 mil hectares), Uruçuí (3,6 mil hectares), Antônio Almeida (3,6 mil hectares), Jerumenha (3,1 mil hectares) e Regeneração (2,6 mil hectares).

FONTE: Meio Norte

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