O estado do Piauí se destacou no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2023 ao alcançar a melhor nota média no ensino médio entre os estados do Nordeste e a quarta melhor do Brasil. Conforme os dados divulgados nesta quarta-feira (14) pelo Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o Piauí obteve 4,5 pontos no Ideb para o ensino médio, empatando com o estado de Pernambuco no topo do ranking nordestino.
Piauí conquista a 4ª melhor nota no Brasil e lidera no Nordeste no Ensino Médio
No cenário nacional, o Piauí ficou atrás apenas dos estados do Espírito Santo e Goiás, ambos com 4,8 pontos, e do Paraná, que liderou com 4,9 pontos.
Índice foi divulgado nesta quarta-feira (14)
De acordo com o governador Rafael Fonteles, esse crescimento é um indicativo de que as estratégias adotadas, como a expansão do ensino em tempo integral e investimentos em infraestrutura, têm surtido efeito positivo. “Esse é um reconhecimento ao esforço coletivo dos nossos professores, alunos e toda a comunidade escolar para garantir uma educação de qualidade”, comentou nas redes sociais.
O Piauí também superou a meta de 4,1 pontos estabelecida para 2021 nas escolas estaduais, alcançando 4,3 pontos. Apenas as redes estaduais do Piauí, Goiás e Pernambuco conseguiram atingir esse objetivo. As metas do MEC, criadas em 2005 para o período de 2007 a 2021, não foram revisadas devido à pandemia. Atualmente, o MEC está discutindo possíveis mudanças no Ideb para os próximos anos, incluindo a fórmula de cálculo e a definição de novas metas.
Outros destaques
Além do bom no ensino médio, o Piauí também se destacou em outras áreas no Ideb 2023. O estado alcançou 5,9 pontos nos anos iniciais do ensino fundamental, superando a meta estabelecida para o ciclo de 2007 a 2021, que era de 5,1 pontos.
Nos anos finais do ensino fundamental, o estado também se saiu bem, atingindo a meta de 5,2 pontos para o ciclo de 6º ao 9º ano.
Investimentos em educação
O MEC tem investido em programas voltados para enfrentar os desafios do ensino médio, como o Pé-de-Meia, que visa promover a permanência e conclusão escolar dos estudantes, oferecendo uma poupança de até R$ 9,2 mil ao longo de sua trajetória. Além disso, o programa Escola em Tempo Integral, com um investimento de R$ 12 bilhões até 2026, pretende criar 3,2 milhões de novas vagas em tempo integral, tornando as escolas mais atrativas e seguras para os alunos.
MEC tem investido em programas como o Pé-de-Meia
Outro destaque é o novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), que prevê a implantação de 100 novos campi de Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia em todo o Brasil, incluindo o Piauí. Com um investimento de R$ 2,5 bilhões, essa iniciativa visa expandir a Educação Profissional e Tecnológica no Ensino Médio, criando 140 mil novas vagas.
Para o Ministro de Estado da Educação, Camilo Santana, o resultado do Ideb reforça a importância de o MEC seguir atuando junto aos estados e aos municípios para a superação das desigualdades educacionais. “Estamos cientes do tamanho do nosso desafio para garantir uma educação pública de qualidade para todos. Por isso, estamos investindo em programas transformadores como o Pé-de-Meia e o Escola em Tempo Integral”, defendeu.
Como é medido o Ideb?
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) é medido a partir de dois principais indicadores:
1. Taxa de aprovação: refere-se ao percentual de estudantes que avançam de um ano para o outro, sem repetências. Essa taxa é um indicador do fluxo escolar, ou seja, da eficiência do sistema educacional em promover a progressão dos alunos ao longo dos anos letivos.
2. Desempenho nas avaliações: avalia o desempenho dos alunos em provas padronizadas aplicadas pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Essas provas medem a aprendizagem dos alunos em áreas como Língua Portuguesa e Matemática. Os resultados dessas avaliações fornecem uma média de desempenho que é usada para calcular o Ideb.
Portal O Dia