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Ednara Maciel| O dom de se doar ao próximo através do trabalho social missionário

O objetivo do projeto Radical Sertanejo é plantar igrejas no sertão. Muitos missionários vão a comunidades rurais, fazem visitas às pessoas, conversam, evangelizam e doam o seu tempo para ajudar as famílias.

Há pessoas que se doam pelo próximo, que valorizam o trabalho social e que conseguem confortar e ajudar as pessoas em momentos difíceis. Isso é um dom. Sair da zona de conforto do seu lar e da sua cidade por amor ao próximo não é fácil, é uma missão para poucos. Foi o desejo da jovem Ednara, que está há mais de um ano em Bom Jesus da Lapa-BA, como missionária Radical Sertanejo, um projeto da Convenção Batista Brasileira

O objetivo do projeto Radical Sertanejo é plantar igrejas no sertão. Muitos missionários vão a comunidades rurais, fazem visitas às pessoas, conversam, evangelizam e doam o seu tempo para ajudar as famílias. Ednara, que é formada em Pedagogia, ajuda a ensinar as crianças, principalmente nesse momento de pandemia, onde o ensino a distância tem sido dificuldade para algumas famílias, por conta da necessidade de acompanhamento.

Ednara Maciel de Souza,  29 anos, filha do pastor Ednaldo de Souza e de Rosete Morais está há mais de 1 ano na comunidade de Lapinha, localizada a 10 km de Bom Jesus da Lapa-BA. Essa comunidade é pequena, porém sua atuação se estende às comunidades próximas, como Chico Martins, Quincas, Roça de Dentro, Mundo Novo, Mutuca e Barrinha.

“Eu já nasci em um lar cristão e, desde a infância, ouvia muito falar em missões, em ofertar para os missionários, em escrever cartinhas e com o passar dos anos entendi que a missão é  para todos os discípulos de Cristo. Sempre amei ir em viagens missionárias, me engajar em projetos da igreja local e sempre tive o desejo de sair para outro lugar e dedicar um tempo da minha vida para me dedicar a um projeto missionário, e aqui estou, há 1 ano no sertão da Bahia”, relata Ednara.

Ednara conta que sempre visita as famílias para perguntar se estão tendo alguma dificuldade e auxilia nas atividades de crianças e adolescentes. A sua dupla, a Alana, é musicista e ensina as crianças a tocar violão. Ambas realizam escola bíblica com as crianças. Ednara, que também tem o dom de cantar, afirma que a música é utilizada para quebrar o gelo e abrir portas nesses encontros, uma forma de aproximar as pessoas.

“Antes de vir para Bom Jesus da Lapa eu e mais 11 jovens passamos 4 meses em Carnaíba do Sertão (distrito de Juazeiro – BA) em treinamento. O treinamento dura 3 meses, mas o nosso foi bem no início da pandemia e acabamos ficando mais tempo confinados. No período de treinamento, temos aulas tanto de conteúdos bíblicos como de contextualização com a realidade do sertão.  Depois desse período, fomos enviados para uma comunidade do sertão em dupla. Eu e Alana (minha dupla) ficávamos imaginando como seria nossa recepção no local, para onde iríamos nesse momento de pandemia e nós não tínhamos ideia que nosso campo seria Bom Jesus da Lapa. Quando chegamos aqui, as igrejas já estavam abertas e fomos bem recebidas por onde passamos, sempre usando máscara, álcool em gel e mantendo o distanciamento”, relembra.

Comunidades tiveram sua realidade mudada com a ajuda desses missionários, a exemplo da comunidade Mutuca, lugar com casas sem energia elétrica, em um momento sem aula presencial e graças a eles puderam receber atividades como aulas de violão e ensino.

“Nesse tempo aqui eu aprendi a depender mais de Deus. Eu sou a pessoa que tenho uma formação acadêmica, estava perto dos pais, trabalhava em uma instituição que amo, com pessoas maravilhosas e deixei tudo isso para viver essa “aventura” na qual eu não sabia pra onde viria e nem quem seria minha dupla” afirma a jovem.

Há 1 ano e 1 mês ela conta que os resultados são muitos. Crianças e adolescentes aprenderam a tocar violão, melhoraram o desempenho escolar, aprenderam sobre a Bíblia e houve a formação de líderes locais para continuar com o trabalho desempenhado pelos missionários. Ela conta que levará amigos para a vida. Diz que o carinho e o cuidado das pessoas da comunidade também é algo que marcará sua vida.

“Aprendi que Deus supre as necessidades, ganhei uma irmã, conheci pessoas maravilhosas, aprendi valorizar a água potável para lavar meu cabelo, a pensar mais no outro, e ser contente com coisas simples”, conclui.

 

Da Redação

 

 

 

 

 

 

 

 

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