DestaqueGeralNoticias

Entenda o que é Paracoccidioidomicose, conhecida como ‘doença do tatu’

Segundo o Ministério da Saúde, a PCM é a principal micose sistêmica no Brasil e representa uma das 10 principais causas de morte por doenças infecciosas e parasitárias, crônicas e recorrentes, no país.

Toca do tatu – imagem ilustrativa — Foto: Reprodução/TV Gazeta

Um fungo encontrado no solo, identificado como Paracoccidioidomicose (PCM), pode provocar uma doença em humanos, que em sua forma grave leva a morte. No Piauí, como o fungo é encontrado nas tocas dos tatus, a doença ficou conhecida como “doença do tatu”.

Ao caçar ilegalmente o animal, o homem entra em contato com o solo contaminado pelo fungo, que pode causar lesões na pele, tosse, febre, falta de ar, comprometimento pulmonar, além de linfonodomegalia (ínguas ou landras, inchaço dos gânglios linfáticos) e emagrecimento.

Um jovem piauiense de 17 anos morreu na última sexta-feira (19) vítima da doença, ao ter contato com o solo quando estava caçando tatu, na zona rural de Simões, no Sul do Piauí.

“A doença não é transmitida por animais ao homem, nem é transmitida de uma pessoa para outra. A transmissão é sempre pela inalação dos esporos que estão no solo contaminado (poeira que sai do buraco)”, informou a secretária municipal de Saúde de Simões, Isamaria Dantas.

De acordo com o site do Ministério da Saúde, a paracoccidioidomicose (PCM) é a principal micose sistêmica no Brasil. Essa doença representa uma das 10 principais causas de morte por doenças infecciosas e parasitárias, crônicas e recorrentes no país.

Além das tocas dos tatus, os fungos estão dispersos no meio ambiente e a exposição está relacionada também com o manejo do solo contaminado, em atividades agrícolas, por exemplo.

“A maioria dos indivíduos que adoeceram com a PCM apresenta história de atividade agrícola exercida nas duas primeiras décadas de vida. Hábitos como tabagismo e etilismo também são considerados fatores de risco frequentemente associados à micose, e ao agravamento do seu quadro clínico. (…) A principal porta de entrada do fungo no organismo é por via inalatória. Os órgãos comumente afetados são os pulmões (50%-100%), seguidos da pele, mucosas, linfonodos, adrenais, sistema nervoso central, fígado e ossos”, destacou o Ministério da Saúde.

FONTE: G1 PI

Comentários

Artigos relacionados

Fechar