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Piauí terá temperaturas acima das médias históricas, diz Inmet

Segundo  as  previsões  do  modelo  do  INMET,  as  temperaturas  do  ar  devem predominar  acima  da  média  histórica  nos  estados  do  Maranhão  e  Piauí.

O Instituto Nacional de Meteorologia  (Inmet) divulgou, na quinta-feira (15) sinal de alerta de perigo para o Piauí sobre temperatura, que chegou a 42 graus Celsius em Teresina, a capital, e umidade relativa do ar. Em seu Boletim Agroclimatológico Mensal de Outubro, o Inmet informa que o Piauí e o Maranhão terão temperaturas acima de suas médias históricas.

Na  Região  Nordeste,  a  previsão  indica  chuvas  próximas  à  média  ou  acima  na maioria  das  localidades.   No  norte  da  Bahia  e  leste  do  Nordeste  brasileiro,  as  chuvas previstas  permanecerão  ligeiramente  abaixo  da  climatologia.

Segundo  as  previsões  do  modelo  do  INMET,  as  temperaturas  do  ar  devem predominar  acima  da  média  histórica  nos  estados  do  Maranhão  e  Piauí.  “Nas  demais áreas,  as  temperaturas  devem  ser  próximas  ou  ligeiramente  abaixo  da  climatologia, devido  a  chegada  das  chuvas  sobre  a  metade  sul  da  Bahia  a  partir  de  segunda quinzena  de  outubro”, diz o Boletim Agroclimatológico Mensal do Inmet.

Os mapas das variáveis  do  balanço  hídrico,  déficit  e  excesso  de  umidade  no  solo indicam  deficiência  hídrica  para  os  próximos  meses  em  grande  parte  da  Região Nordeste,  principalmente  nos  estados  do  Maranhão,  Piauí,  Ceará  e  oeste  do  Rio Grande  do  Norte  e  da  Paraíba.

As  condições  favoráveis  para  a ocorrência  de  excedentes  hídricos  só  estão  previstas  para  os  meses  de  novembro  e dezembro,  somente  sobre o  oeste  e  sul baiano.

Segundo o Inmet, a interação  entre  a  superfície  dos  oceanos  e  a  atmosfera  interfere  nas condições  do  tempo  e  do  clima  em  diversas  localidades  no  mundo.

No  Brasil, fenômenos  como  El  Niño-Oscilação  Sul  (ENOS),  no  Oceano  Pacífico  Equatorial,  e  o gradiente  térmico  do  Oceano  Atlântico  Tropical,  também  chamado  de  Dipolo  do Atlântico,  são  exemplos  dessa  interação  oceano-atmosfera  que  influenciam  o  clima no  Brasil.

No  Oceano  Pacífico  Equatorial,  as  médias  mensais  da  área  de  referência  para definição  do  evento  ENOS,  denominada  região  de  Niño  3.4  (entre  170°W-120°W), começaram  a  apresentar  valores  médios  negativos  a  partir  de  maio,  iniciando  um processo  de  resfriamento  que  caracteriza  o  fenômeno  La  Niña.  Durante  o mês  de  setembro,  esta  mesma  área  apresentou  valor  médio  de  -1,0°C,  possibilitando a  persistência  deste  resfriamento  abaixo  de  -0,5ºC,  condição  que  favorece  o  início  do fenômeno.

O multimodelo  de  previsão  de  ENOS  do  APEC  Climate  Center  (APCC),  centro  de pesquisa  sediado  na  Coréia  do  Sul,  aponta  para  uma  probabilidade  acima  de  90%  que o  fenômeno  La  Niña  atue  durante  a  primavera  de  2020.

A  previsão  também indica  que  a  intensidade  do  fenômeno  será  de  fraca  a  moderada  e  com  provável duração  até  o  verão  de  2020/2021.

“Diante  deste  cenário,  é  importante  destacar  os  possíveis  impactos  da  La  Niña sobre  o  clima  e  agricultura  do  Brasil.  De  forma  geral,  este  fenômeno  favorece  a agricultura  sobre  a  parte  norte  das  regiões  Norte  e  Nordeste,  devido  ao  aumento  no volume  das  chuvas,  enquanto  que  no  sul  ocorre  o  oposto.  No  entanto,  esse comportamento  típico  nem  sempre  ocorre,  pois  é  necessário  considerar  também outros  fatores,  como  por  exemplo  a  temperatura  do  Oceano  Atlântico  (Tropical  e Sudeste  da  América  do  Sul),  que  pode  atenuar  ou  intensificar  os  impactos  do  La  Niña, diz o Inmet.

Na Região Norte, os maiores volumes de chuva no mês de setembro ocorreram sobre o noroeste do Amazonas e Acre, sendo que o maior valor de chuva registrado foi na estação meteorológica de Barcelos (AM), com 212 mm, que corresponde quase o dobro da média climatológica desta localidade.

Na Região do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e a Bahia), não houve registro de chuvas, consequentemente, ocorreu uma intensificação dos níveis críticos de armazenamento de água no solo, em relação ao mês anterior.

Baixos volumes de chuva foram observados na região do SEALBA (Sergipe, Alagoas e Bahia), porém não causaram prejuízos à maturação e colheita das culturas de feijão e milho. As chuvas mais significativas da Região Nordeste se concentraram mais para a parte leste, principalmente no litoral baiano, com volumes superiores a 50 mm. No município de Conde (BA), por exemplo, o acumulado de chuva no mês de setembro foi de 117 mm.

Nas regiões Centro-Oeste e Sudeste do país, houve um irregular retorno das chuvas em determinadas áreas, porém ainda com baixos volumes ou ausência de chuvas em alguns estados, acarretando em disponibilidade hídrica do solo abaixo de 30% .

Os volumes entre 30 e 40 mm foram observados sobre o norte mato-grossense, sudoeste de Goiás e de Mato Grosso do Sul, bem como no Distrito Federal. Já na Região Sudeste, as chuvas se concentraram sobre o litoral sul de São Paulo e do Espírito Sa dento, além do Rio de Janeiro e pequena parte do sudoeste de Minas Gerais. Desta forma, a distribuição irregular das chuvas nestas regiões vem dificultando a semeadura e emergência das culturas de verão.

Na Região Sul, as chuvas ocorreram nos três estados, com os maiores volumes localizados sobre o centro-leste do Rio Grande do Sul e sudeste de Santa Catarina. Em municípios localizados no sudeste do Rio Grande do Sul, as chuvas atingiram valores de até 248 mm, como ocorrido em Camaquã (RS). Enquanto que, no oeste do Paraná e de Santa Catarina, as chuvas foram abaixo de 70 mm e não foram suficientes para elevar os níveis de armazenamento hídrico no solo destas áreas.

Desta forma, as culturas de inverno que se encontram em fase de enchimento de grãos vêm sendo prejudicadas, bem como vem causando um atraso no plantio das  culturas de verão. As duas massas de ar frio que atuaram em setembro foram menos intensas  em relação ao mês anterior e causaram geadas fracas entre os dias 14 e 15.

FONTE: Meio Norte

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